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Jogos Olímpicos na imprensa alemã: dia 3

Rafael Plaisant8 de agosto de 2016

Sites destacam Neymar fora de forma, gritos por Marta e fraco desempenho do "adoentado futebol brasileiro". Clima na arena de vôlei de praia de Copacabana é exaltado como raro ponto de empatia entre cariocas e o evento.

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Neymar atirado no chão após perder uma chance contra o Iraque: "Futebol brasileiro está doente", escreveu diário alemão
Neymar atirado no chão após perder uma chance contra o Iraque: "Futebol brasileiro está doente", escreveu diário alemãoFoto: Reuters/U. Marcelino

Além da derrota do número 1 do tênis, Novak Djokovic, e do primeiro ouro – e as polêmicas manchas no corpo – de Michael Phelps, a imprensa alemã destaca nesta segunda-feira (08/08), dia 3 dos Jogos Olímpicos, o fraco desempenho da seleção brasileira de futebol masculino.

Veja o que se noticiou sobre o Brasil em alguns dos principais sites do país:

Frankfurter Allgemeine Zeitung: O futebol brasileiro está doente

"Até na hora da entrevista pareceu faltar fôlego a Neymar. A estrela do futebol brasileiro, cuja forma física foi criticada abertamente pelo treinador, sumiu rapidamente para os vestiários. Um Brasil sem planejamento, sem tática e sem aquela criatividade típica das gerações anteriores empatou em 0 a 0 com o Iraque. O adoentado futebol brasileiro ameaça, agora nas Olimpíadas, enfrentar outro revés. Depois do 7 a 1 contra a Alemanha no Mundial de 2014 e da eliminação na fase de grupos da Copa América Centenário, parece que a almejada vitória olímpica também está distante."

Der Spiegel: Taticamente fraco

"Na busca pela aguardada vitória olímpica, os jogadores brasileiros novamente ficaram abaixo do esperado. O time liderado pela estrela Neymar, do Barcelona, não conseguiu sair do 0 a 0 contra a zebra Iraque. A equipe do técnico Rogério Micale teve até sorte de não ter levado um gol no primeiro tempo. No início do segundo, os brasileiros, taticamente fracos, foram vaiados pelos próprios torcedores."

Die Welt: Festa para Marta – e o Iraque

"A decepção das arquibancadas [com o empate contra o Iraque] virou sarcasmo num determinado momento: com gritos de 'Marta!', os torcedores zombaram da seleção masculina. Assim como na estreia contra a África do Sul, Neymar, maior esperança e capitão, se perdeu várias vezes em jogadas individuais. Após o apito final, os brasileiros festejaram logicamente – o Iraque.

Die Zeit: A vida é uma praia

O principal tema da editoria de esporte do semanário alemão é uma reportagem sobre o clima nas areias do Rio. "Os brasileiros se estranham com as Olimpíadas, porque tudo é caro e supérfluo e porque eles nunca se interessaram muito por tiro ao prato, adestramento ou ciclismo de pista. Mas, se há alma em algum lugar nestes Jogos, este lugar é no vôlei de praia em Copacabana. Aqui marulha o mar, aqui se vê corpos. Vôlei de praia não é caro nem supérfluo. Se há um lugar onde os cariocas abraçam os Jogos, este lugar é na Arena de Copacabana: sol, areia, samba e bundas – o chato dos clichês é que eles muitas vezes procedem."

Bild-Zeitung: Alarme de incêndio

Além das manchas no corpo de Michael Phelps e de uma compilação das lesões dos Jogos, com o tom sensacionalista que lhe é peculiar, o tabloide destaca o falso alarme de incêndio no centro de TV da Rio 2016, que obrigou o canal público ZDF a encerrar abruptamente sua transmissão.

"Alarme de incêndio paralisa a TV nas Olimpíadas", manchetava o diário em seu site pela manhã. "A transmissão teve que ser interrompida por 12 minutos, e a ZDF teve que exibir a série de suspense Inspector Barnaby", continua o tabloide, que reproduz a fala da apresentadora Katrin Müller-Hohenstein antes de fugir do prédio: "É um final abrupto, mas nós temos que sair daqui."