1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW
Estado de DireitoReino Unido

Justiça britânica nega liberdade a Assange por risco de fuga

6 de janeiro de 2021

Juíza diz que ainda falta avaliar recurso da sentença que impede extradição para os Estados Unidos. Australiano está há mais de oito anos no Reino Unido, inicialmente na embaixada do Equador, e desde 2019 na prisão.

https://p.dw.com/p/3nZrA
Desenho de Julian Assange em tribunal
Assange compareceu a um tribunal de Londres, que negou a extradiçãoFoto: Elizabeth Cook/AP Photo/picture alliance

Uma juíza britânica negou nesta quarta-feira (06/01) a liberdade condicional ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que está há mais de oito anos no Reino Unido e luta contra a extradição para os Estados Unidos.

A juíza Vanessa Baraitser, do Tribunal Criminal de Old Bailey, em Londres, ordenou que Assange deve permanecer na prisão, onde está desde 2019, enquanto os tribunais avaliam um recurso contra a decisão das autoridades britânicas de não permitirem a extradição.

Baraitser argumentou que Assange pode fugir e que existe, portanto, a possibilidade de ele não voltar ao tribunal se for libertado. O australiano encontra-se detido na prisão de alta segurança londrina de Belmarsh.

Na segunda-feira, a mesma juíza rejeitara um pedido de extradição de Assange para os Estados Unidos, onde enfrenta acusações de espionagem devido à publicação de documentos militares secretos há uma década.

Baraitser negou a extradição por motivos de saúde, dizendo que o australiano, de 49 anos, poderia cometer suicídio caso fosse mantido nas duras condições de uma prisão nos Estados Unidos.

Acusado de espionagem

O Departamento de Justiça dos EUA quer levar o australiano a julgamento por ele ter divulgado, desde 2010, mais de 700 mil documentos confidenciais sobre atividades militares e diplomáticas dos EUA, principalmente no Iraque e no Afeganistão.

Assange é acusado pelos Estados Unidos de cerca de duas dezenas de crimes, incluindo espionagem e divulgação de documentos diplomáticos e militares confidenciais, arriscando até 175 anos de prisão caso seja considerado culpado.

O fundador do WikiLeaks esteve refugiado durante sete anos na Embaixada do Equador em Londres, de 2012 até abril de 2019, quando as autoridades equatorianas decidiram retirar o direito de asilo que lhe fora concedido, e as autoridades britânicas o detiveram.

AS/lusa/rtr