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Justiça condena réus da Lava Jato a pagar indenização

23 de abril de 2015

Seis acusados de participação no esquema de corrupção devem pagar reparações de no mínimo 18 milhões de reais à Petrobras. Ex-diretor Paulo Roberto Costa e doleiro Alberto Youssef são sentenciados à prisão.

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Foto: Reuters/P. Whitaker

O juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal do Paraná, condenou nesta quarta-feira (22/04) seis réus acusados de participação no esquema de corrupção da Petrobras a pagar indenização no valor mínimo de 18 milhões de reais para a estatal. Já o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef receberam penas restritivas de liberdade.

A decisão do juiz – a primeira condenação da Operação Lava Jato – prevê que o ressarcimento de 18 milhões de reais deverá ser pago por Márcio Bonilho e cinco réus apontados como integrantes do grupo do doleiro Alberto Youssef: Leonardo Meirelles, Leandro Meirelles, Pedro Argese Júnior, Esdra de Arantes Ferreira e Waldomiro de Oliveira.

Além de indenizar a Petrobras, cinco condenados que não fizeram acordo de delação premiada foram punidos com penas de prisão. Bonilho e Oliveira foram condenados, cada, a 11 anos e seis meses em regime fechado.

Os demais réus foram condenados a cumprir as penas no regime semiaberto: Leonardo Meirelles pegou cinco anos e seis meses, Leandro Meirelles, seis anos e oito meses e Pedro Argese Júnior e Esdra de Arantes Ferreira, quatro anos e cinco meses cada.

Já Paulo Roberto Costa recebeu pena de sete anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. Alberto Youssef foi condenado a nove anos e dois meses por lavagem de dinheiro.

Na decisão, o magistrado ressaltou, porém, que o cumprimento das penas de Costa e Youssef depende da conclusão de todos os julgamentos dos outros processos nos quais eles são réus.

A condenação ocorre um ano após a abertura do processo. Todos podem recorrer à segunda instância da Justiça Federal.

A ação, movida pelo Ministério Público Federal, é referente aos crimes de lavagem de dinheiro e formação de grupo criminoso organizado. De acordo com a denúncia, houve desvio de dinheiro público na construção da refinaria Abreu e Lima por meio de contratos superfaturados. A obra, orçada inicialmente em 2,5 bilhões de reais, chegou a custar mais de 20 bilhões de reais.

FC/abr/ots