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Löw consola Scolari: "Conheço a angústia que ele está sentindo"

Philip Verminnen9 de julho de 2014

Técnico alemão se solidariza com Felipão, analisa vitória com frieza e mantém os pés no chão. Apesar do placar elástico, jogadores mal comemoram e falam com surpresa sobre postura da seleção brasileira.

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Foto: Reuters

Para o tamanho da goleada de 7 a 1 sobre o Brasil, nesta terça-feira (08/07), no Mineirão, a comemoração dos jogadores alemães foi tímida e respeitosa. O treinador Joachim Löw se solidarizou com o colega de profissão Luiz Felipe Scolari, lembrando a eliminação em 2006, e os jogadores se mostraram surpresos e analisaram friamente a partida.

"Estou com muitos sentimentos positivos. Estou espantado com o que aconteceu em campo. Nunca houve algo assim e provavelmente nunca mais vai haver, e por isso eu vou aproveitar o momento. Mas no vestiário a festa é pequena. A gente já sabia há um bom tempo que estávamos na final", disse o zagueiro Mats Hummels.

O treinador Joachim Löw conseguiu ainda encontrar a tranquilidade para analisar a partida. "Foi importante contra-atacar a vontade e o poderio emocional do Brasil com paciência e tranquilidade, mas com coragem. Nós jogamos bem posicionados. Sabíamos que com os nossos rápidos contra-ataques pegaríamos eles desprevenidos. A defesa brasileira é desorganizada. No primeiro tempo fizemos tudo certo e reagimos bem às bolas longas", analisou o treinador, sem deixar transparecer muita alegria.

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"Nós somos uma unidade e isso é possível ver no campo", disse o recordista Miroslav KloseFoto: Reuters

Löw também deixou o seu apoio para Felipão. "Hoje fizemos a nossa tarefa muito bem. Três gols em três minutos ou cinco em 18 minutos, se preferir. É claro que a seleção brasileira ficou chocada. Conheço a angústia que Scolari está sentindo. São 200 milhões de brasileiros querendo chegar de qualquer maneira à final. Em 2006 foi parecido, quando perdemos a semifinal aos 119 minutos de jogo. Eu sei um pouco o que ele está sentindo agora."

A noite em Belo Horizonte foi de vários recordes. A maior derrota da história da Seleção, de um país anfitrião e em uma semifinal de Copa. Mas também foi a noite de Miroslav Klose, que marcou o seu 16º gol em Mundiais e ultrapassou o brasileiro Ronaldo. "Estou muito feliz por Miro. Chegar a essa marca contra o Brasil e no Brasil. Grande desempenho dele", elogiou o treinador.

E o recordista não perdeu tempo e preferiu focar exatamente naquilo que o Brasil pecou: a coletividade. "Nós somos uma unidade e isso é possível ver no campo. Também é importante que nossas bolas paradas funcionem", disse Klose, que ainda esclareceu que não deu o seu salto mortal tradicional porque havia sofrido uma pancada na perna no lance do gol.

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"Chegar a esta marca contra o Brasil e no Brasil. Grande performance dele", elogiou Löw o atacante KloseFoto: Reuters

Artilheiro da última Copa, Thomas Müller falou ainda incrédulo com os jornalistas. "Claro que não era de se esperar. Mas fica evidente o quão diferente as partidas podem transcorrer. Os espaços estavam maiores do que aqueles que encontrarmos contra equipes mais defensivas. E isso aproveitamos muito bem, até que o adversário sucumbiu.

Mas, assim como Löw, Müller também avisou: "Precisamos deixar esse resultado rapidamente para trás. Precisamos agora dar aquela última pisada no acelerador e buscar a taça. Mas devemos manter a calma e não perder a concentração com a onda de elogios que vão aparecer."