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Laboratório alemão confirma envenamento de Yushchenko

fs9 de março de 2005

Análises reforçam hipótese de envenenamento do presidente da Ucrânia por dioxina. Efeitos da substância ainda devem perdurar por vários meses. Fundação JFK concede a Viktor Yushchenko prêmio "Perfil de Coragem".

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Yushchenko: rosto marcado por substância tóxicaFoto: AP

O presidente da Ucrânia, Viktor Yushchenko, foi escolhido para receber o prêmio Perfil de Coragem 2005, entregue anualmente pela fundação norte-americana JFK. De acordo com a presidente da fundação, Caroline Kennedy, filha do presidente norte-americano assassinado em 1963, Yushchenko inspirou cidadãos do mundo inteiro ao lutar para que o resultado das urnas ucranianas refletisse a vontade da população.

O anúncio da premiação coincidiu com a confirmação por três laboratórios – um alemão, localizado em Münster, e dois holandeses – da intoxicação do presidente ucraniano por dioxina no ano passado.

Viktor Yushchenko
O rosto de Yushchenko no primeiro semestre de 2004Foto: AP

Durante a campanha para a presidência da Ucrânia, Yushchenko foi envenenado pela substância, que poderia tê-lo levado à morte. Segundo o líder ucraniano, que vem sendo tratado desde o final do ano passado, a contaminação teria ocorrido durante um jantar com adversários políticos no início de setembro.

Recuperação e recompensa

O tempo de recuperação é uma incógnita, embora Yushchenko não corra mais risco de morte. "Como especialista, acredito que a pele do rosto do presidente só voltará ao normal depois de vários meses. Entretanto, alguns traços permanecerão por um período mais longo", afirmou Nikolai Korpan, da clínica austríaca Rudolfinerhaus, que está tratando Yushchenko, em entrevista a uma emissora de televisão da Ucrânia.

A presidente da Fundação JFK justificou a escolha de Viktor Yushchenko dizendo que ele tem um perfil de coragem que seu pai certamente admiraria. "Seu comprometimento com a liberdade e o processo democrático é um exemplo de que alguém sozinho pode fazer a diferença", disse Caroline Kennedy à agência AP.