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Lojista cobra ingresso para quem só quer olhar

Roselaine Wandscheer8 de abril de 2016

Segundo comerciante de Essen, na Alemanha, as pessoas vêm à sua loja para terem ideias, mas acabam encomendando os produtos pela internet. Por isso, ele decidiu cobrar uma "taxa de serviço".

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Foto: picture-alliance/dpa/D. Reinhardt

Cansado de perder tempo atendendo clientes que só vêm à sua loja para darem uma olhadinha, um lojista na cidade alemã de Essen resolveu colocar um aviso na porta do estabelecimento, advertindo que cobra 2 euros como ingresso. A loja ideenreich, de Michael Pütz, oferece souvenires típicos e produtos artesanais da região do vale do Ruhr.

Se o cliente acabar comprando um produto exposto, os 2 euros são automaticamente descontados. O lojista vê a cobrança de ingresso como forma de protesto contra hábitos de consumo em tempos de compras pela internet. Segundo ele, as pessoas vêm à loja, têm ideias e acabam encomendando os produtos pela internet. Por isso, ele vê o ingresso cobrado como "taxa de serviço" pela conversa com o cliente.

"Medida incomum, mas necessária"

O dono da loja explica que há dias em que atende 50 pessoas, mas mesmo assim a soma do caixa não passa de 12,50 euros. "Às vezes eu me sinto como um segurança de museu. As pessoas passam por mim sem dizer uma palavra e acabam nem vendo direito o que há na loja", desabafou para o site Focus Online.

Além disso, nesse tempo ele poderia estar produzindo os produtos que oferece. "Por isso, peço a compreensão para essa medida incomum, mas necessária", escreveu o dono da loja no Facebook.

Quem sabe o código não paga

As reações foram variadas. No Facebook, alguns o cumprimentam pela iniciativa, outros o ofendem e aconselham a fechar a loja. Após a grande repercussão na imprensa alemã, Pütz reagiu.

Ele se considera mal entendido e diz que não é bem assim. Segundo ele, o "ingresso" só é cobrado quando ele precisa produzir alguma peça, e, além disso, basta dizer o código postado em sua página no Facebook para ter entrada franca.

"O importante não são os 2 euros. Eu queria que as pessoas falassem sobre isso. E isso eu consegui", diz.