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Londres aprova construção de central nuclear

16 de setembro de 2016

Governo britânico dá aval ao controverso projeto de Hinkley Point, a primeira central nuclear a ser construída no país em mais de 20 anos. Obra de 18 bilhões de libras será realizada em parceria com França e China.

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UK - Hinkley Point
Foto: REUTERS/S. Wermuth

O governo do Reino Unido aprovou nesta quinta-feira (15/09) a construção da controversa central nuclear de Hinkley Point, a primeira do país em mais de 20 anos. O projeto de 18 bilhões de libras (79 bilhões de reais) será operado pela empresa francesa EDF, com apoio financeiro da China.

O anúncio vem dois meses depois de a primeira-ministra britânica, Theresa May, ter pedido uma revisão do projeto, que foi intermediado pelo seu antecessor, David Cameron.

Na dúvida sobre o futuro do negócio, o adiamento da aprovação se transformou num ponto de atrito entre Londres e Pequim – na época, o embaixador chinês no Reino Unido, Liu Xiaoming, chegou a dizer que os laços bilaterais estavam em "um ponto histórico crítico".

Após uma exaustiva revisão do projeto, "decidimos seguir adiante com a primeira central nuclear em uma geração", disse o ministro britânico das Empresas e Energia, Greg Clark, em comunicado, reiterando que medidas adicionais serão introduzidas ao plano inicial a fim de "melhorar a segurança".

Clark anunciou que a construção de Hinkley Point – com conclusão prevista para 2025 – criará 26 mil empregos, o que significa "um enorme impulso para a economia" do país.

A EDF vai construir dois reatores, de terceira geração – que são considerados os mais avançados e seguros do mundo – em Somerset, no sudoeste da Inglaterra. A estatal chinesa China General Nuclear Corporation financiará um terço do projeto Hinkley.

A central nuclear será a primeira a ser construída no Reino Unido desde 1995 e a primeira em todo o mundo desde o acidente nuclear de Fukushima, no Japão, em 2011.

Os reatores cobrirão até 7% das necessidades energéticas do Reino Unido, ajudando o governo, em paralelo, a alcançar as suas metas de emissão de gases poluentes no combate às mudanças climáticas.

EK/afp/lusa/rtr