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Lufthansa já teve mais de 18 mil voos cancelados em 2018

17 de outubro de 2018

Companhia aérea anuncia investimentos, aeronaves e tripulações de reserva e quer repartir custos de atrasos com aeroportos. Operação parcialmente caótica é atribuída também a mau tempo, greves e falta de funcionários.

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Boeing 747-400 da Lufthansa em trânsito no aeroporto Tegel, em Berlim
Segundo dados próprios, a Lufthansa cancelou mais voos no primeiro semestre de 2018 do que em todo o ano de 2017Foto: picture-alliance/dpa/W. Kumm

Cerca de 18 mil voos do Grupo Lufthansa foram cancelados neste ano até o final de agosto, segundo dados da própria companhia aérea alemã – o que equivale à média diária de mais de 60 voos. Depois de uma operação parcialmente caótica, com milhares de cancelamentos de voos, especialmente durante o verão europeu, a Lufthansa anunciou planos de melhorias.

Medido no número total de voos, cerca de 2% dos voos das empresas Lufthansa, Eurowings, Swiss e Austrian foram afetados. Nos primeiros oito meses deste ano, o Grupo Lufthansa completou cerca de 814 mil voos, cerca de 3.350 por dia.

A quantidade de voos cancelados equivaleria ao mesmo se o aeroporto de Frankfurt, maior hub da Lufthansa, tivesse ficado completamente fechado por duas semanas, afirmou o membro do conselho executivo da companhia aérea, Harry Hohmeister, em entrevista ao jornal alemão Hamburger Abendblatt, publicada nesta quarta-feira (16/10).

Além disso, houve inúmeros atrasos que impossibilitaram os passageiros de alcançarem seus voos de conexão. Hohmeister afirma entender a frustração dos passageiros. "Nossos clientes esperam confiabilidade de nós, com razão", disse.

Hohmeister anunciou planos de investimento no valor de 250 milhões de euros. A Lufthansa colocará à disposição aeronaves e tripulações adicionais – em Frankfurt, por exemplo, encontram-se dois aviões reservas desde o meio do ano.

"Vamos aumentar ainda mais o número também em Munique", garantiu. Além disso, 600 novos funcionários farão parte do departamento de controle de qualidade, e nove aviões Airbus A320 foram comprados para compensar o atraso na entrega de outra encomenda.

Grande parte das causas de cancelamentos e atrasos não pode ser atribuída às companhias aéreas, mas em outros setores da aviação, como no controle do tráfego aéreo, nos controles de segurança e no transporte de bagagem. Hohmeister pleiteou uma distribuição mais equitativa dos custos pelos atrasos. "Vamos falar com os nossos parceiros no sistema aéreo, tais como aeroportos e os responsáveis pela segurança aérea", afirmou.

O Grupo Lufthansa emitiu no meio do ano um pedido de desculpas pelos cancelamentos e atrasos de voos. Segundo dados da própria companhia aérea, a Lufthansa cancelou mais voos no primeiro semestre de 2018 do que em todo o ano de 2017. Além do mau tempo e de contínuas greves de controladores de tráfego aéreo, a Lufthansa também sofreu com escassez de aeronaves e de funcionários.

PV/dpa/afp

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