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Macedônios boicotam referendo sobre mudança de nome

30 de setembro de 2018

O quórum mínimo para validar a consulta popular sobre adoção do nome "República da Macedônia do Norte" era de 50% do eleitorado. Com meros 38%, segue aberta disputa com a Grécia, barrando o caminho do país a UE e Otan.

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Sessão eleitoral na capital macedônia, Skopje
Sessões eleitorais vazias na capital Skopje e demais localidades da MacedôniaFoto: DW/B. Georgievski

Apesar de propaganda maciça por parte de políticos ocidentais, a maioria dos eleitores da Macedônia se recusou a participar do referendo deste domingo (30/09) sobre a troca do nome do país. Dos 1,8 milhão de cidadãos com direito a voto, apenas 34% compareceram às urnas, muito menos, portanto, do que o mínimo exigido para validar a consulta, de 50% ou cerca de 903 mil votos.

Os eleitores deviam se posicionar sobre a adoção do nome "República da Macedônia do Norte", e responder à pergunta: "Apoia a integração na UE e na Otan, ao aceitar o acordo entre a República da Macedônia e a República da Grécia?" A apuração mostrou que, dos votantes, mais de 90% foram a favor. Com o referendo esperava-se superar décadas de disputa com a Grécia, que vem bloqueando o caminho do país para aderir à União Europeia e à Otan.

Em junho, Nikola Dimitrov e Nikos Kotzias, ministros de Exterior da Macedônia e da Grécia, respectivamente, assinaram o acordo sobre o nome "Macedônia do Norte", tanto em nível nacional como internacional, resolvendo, assim, uma disputa aberta desde que o pequeno país balcânico se tornou independente da Iugoslávia, em 1991.

A implementação do acordo abriria o caminho para a integração do país na UE e na Organização do Tratado do Atlântico Norte, bloqueado pelo veto de Atenas, que temia pretensões territoriais por parte da vizinha Macedônia sobre a região homônima situada no norte da Grécia.

As pesquisas recentes haviam mostrado que o risco de baixa participação era alto. O presidente macedônio, Gjorge Ivanov, contrário à mudança, anunciara que não participaria da votação. Já o primeiro-ministro Zoran Zaev argumentava que a mudança de nome era o preço a pagar por uma admissão futura na UE e na Otan.

Embora a consulta popular não fosse legalmente vinculativa, muitos membros do Parlamento haviam prometido respeitar o resultado. A troca de nome exigiria a aprovação de dois terços dos deputados.

AV/rtr,efe,afp,dpa

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