1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Maduro anuncia prisão de três generais por tentativa de golpe

25 de março de 2014

Na presença de chanceleres da Unasul, presidente diz que militares eram ligados à oposição e serão colocados à disposição da Justiça. Deputada cassada por críticas ao governo promete voltar à Venezuela.

https://p.dw.com/p/1BVjD
Foto: Reuters

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta terça-feira (25/03) que três generais da Aeronáutica foram presos por, segundo ele, estarem planejando um golpe de Estado.

"Na noite de ontem [segunda-feira] capturamos três generais da Aeronáutica que estávamos investigando graças à poderosa moral de nossa Força Aérea", disse Maduro no início da reunião de chanceleres da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Segundo o presidente venezuelano, os três generais pretendiam "sublevar a Força Aérea contra o governo legitimamente constituído". Os oficiais, afirmou Maduro, estão agora à disposição dos tribunais militares.

"Todos vieram alarmados denunciar que estavam convocando um golpe de Estado", afirmou o presidente, em referência aos militares que fizeram a denúncia. De acordo com ele, os três generais, que não tiveram os nomes revelados, são ligados à oposição.

Em crise econômica, a Venezuela enfrenta desde meados de fevereiro uma onda de protestos. Já foram mais de 30 mortos, centenas de feridos e milhares de detidos.

"Golpe contínuo"

As declarações do presidente foram feitas diante dos chanceleres de uma missão da Unasul – incluindo o brasileiro Luiz Alberto Figueiredo. Os ministros discutiram a portas fechadas a crise venezuelana com Maduro, que reiterou, em breve discurso antes do encontro, que seu país está sob um "golpe de Estado contínuo".

Die venezolanische Oppositionpolitikerin María Corina Machado
A deputada María Corina Machado, que teve o mandato cassadoFoto: Reuters/Carlos Garcia Rawlins

Na segunda-feira, a deputada María Corina Machado, um dos principais nomes da oposição, teve seu mandato cassado pelo presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello. Ela havia tentado discursar na Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a situação na Venezuela e, para isso, aceitou o cargo de representante suplente do Panamá.

Cabello considerou que a atitude violou a Constituição, e optou por cassar o mandato da deputada. Atualmente no Peru, Corina Machado anunciou nesta terça-feira que retornará à Venezuela para "seguir lutando nas ruas" contra o governo Maduro.

RPR/rtr/ap/afp