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Maior oleoduto dos EUA volta a operar depois de ciberataque

13 de maio de 2021

Maior rede de transporte de combustíveis da costa leste do país ficou cinco dias paralisada após ação de hackers. Suspensão no abastecimento gerou corrida a postos de gasolina em várias cidades.

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Oleoduto da Colonial nos EUA
Normalização do abastecimento deve levar alguns diasFoto: Colonial Pipeline/REUTERS

A empresa Colonial Oleoduto começou a retomar nesta quarta-feira (12/05) as operações da maior rede de oleodutos na costa leste do país. O sistema ficou paralisado por cinco dias após um ataque cibernético, no pior atentando do tipo contra a infraestrutura dos Estados Unidos.

A retomada das atividades na rede que possui 8.850 quilômetros está sendo feita de maneira gradual e a Colonial afirmou que ainda levará vários dias para que o abastecimento volte ao normal. A empresa transporta até 2,5 milhões de barris de gasolina, gasóleo e combustível de aviação por dia das refinarias no Golfo do México para as grandes cidades no sul e leste dos Estados Unidos, abastecendo cerca de 50 milhões de consumidores.

Em nota, a empresa informou que reiniciou as operações por volta às 17h (horário local) e se comprometeu a trabalhar ao máximo até que o abastecimento volte ao normal.

A paralisação levou a uma corrida a postos de gasolina, gerando filas em diversas cidades. A gasolina começou a falta em vários postos em diversas regiões. O porta-voz da Casa Branca chegou a pedir que os consumidores evitem estocar combustíveis e comprem apenas o necessário.

Carros em fila em posto de gasolina nos EUA
Paralisação de oleoduto gerou corrida a postos de gasolinaFoto: Matt Hamilton/Chattanooga Times Free Press/AP/picture alliance

O Departamento americano de Transportes e a Agência de Proteção Ambiental dos EUA flexibilizaram temporariamente regulamentos sobre transportes de combustíveis para tentar aliviar a crise de abastecimento nos estados afetados.

Pagamento de resgate

O ataque cibernético ao sistema da Colonial ocorreu na sexta-feira passada. A empresa afirmou ainda que o ataque envolveu um ransomware, um malware que bloqueia os sistemas de computação e para libertá-los é exigido o pagamento de regaste.

Segundo uma reportagem do jornal americano The Washington Post, a Colonial não pretendia pagar o regaste e estaria trabalhando com especialistas em segurança cibernética para restaurar o sistema.

O FBI afirmou que a quadrilha cibernética conhecida como DarkSide estaria por trás dos ataques ao oleoduto. O grupo teria profissionalizado uma indústria criminosa de ataques com ransomware que custaram bilhões de dólares aos países ocidentais nos últimos três anos.

O DarkSide afirma que, em seus ataques, visa apenas grandes empresas e doa parte dos resgastes obtidos para caridade. Segundo especialistas, o grupo seria formado por cibercriminosos veteranos, voltados a extrair o máximo de dinheiro das vítimas.

cn (Lusa, Reuters, AFP)