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Mais de 5 mil combatentes do EI voltam para países de origem

24 de outubro de 2017

Estudo revela que jihadistas retornaram a 33 países. Volta de ex-combatentes, após ofensiva contra o "Estado Islâmico", pode representar ameaça e é desafio para agências de segurança, afirma organização.

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Combatentes do EI na Síria
Estima-se que mais de 40 mil estrangeiros se uniram ao EIFoto: picture-alliance/abaca

Com a perda de território na Síria e no Iraque, ao menos 5,6 mil combatentes estrangeiros do grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) voltaram para seus países de origem, afirmou um estudo divulgado nesta terça-feira (24/10) pelo think-tank Soufan Center, baseado em Nova York.

De acordo com a ONG, que analisa questões de segurança, esses integrantes do EI retornaram para 33 países e a volta pode representar uma ameaça nesses Estados. O estudo destacou ainda que o retorno é um desafio para agências de segurança locais.

De refém do "Estado Islâmico" a caçador de terroristas

Estima-se que mais de 40 mil estrangeiros de mais de 110 países se juntaram ao EI antes e depois dos jihadistas declararem o califado, em junho de 2014. Destes 5.718 são de países do oeste europeu, mais de 8,7 mil vêm de regiões que pertenceram à ex-União Soviética, e 439, da América do Norte.

A ONG estima que 30% dos mais de 5 mil residentes da União Europeia (UE) que lutaram com os extremistas voltaram para suas casas. De acordo com o estudo, muitos dos combatentes que retornaram podem estar desiludidos com o extremismo, mas ainda há aqueles que desejam continuar lutando ao lado dos jihadistas ou por seus ideais.

Leia maisO futuro do "Estado Islâmico" pós-califado

O estudo apontou também que há antigos integrantes do EI que já se juntaram a outros grupos extremistas que operam nas Filipinas, no Egito, no Afeganistão e na Líbia. Outros milhares de combatentes foram mortos em batalhas na Síria e no Iraque com o avanço das tropas de segurança, que já retomaram praticamente quase todo o território que foi ocupado pelo EI.

O estudo destacou ainda que a reintegração de mulheres e crianças que faziam parte do EI também é um problema à parte e ressaltou que a prisão de jihadistas não resolve a questão. A consultoria recomenda que governos invistam em programas de reintegração.

"As questões de identidade e desconfiança generalizada de instituições governamentais e políticas que o EI conseguiu explorar não vão simplesmente desaparecer", ressaltou o estudo.

O "Estado Islâmico" proclamou em 2014 um califado numa região do tamanho da Itália, que conquistou entre o Iraque e a Síria. Desde então, o grupo perdeu 85% deste território depois de ofensivas lideradas pelos Estados Unidos e a Rússia. O grupo promoveu diversos atentados na Europa.

CN/afp/ap

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