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Otan

9 de fevereiro de 2008

Missão das Forças Armadas Alemãs no Afeganistão deverá ser ampliada. De acordo com relatos da imprensa não comentados pelo Ministério da Defesa, o governo planeja enviar mais 1000 soldados e ampliar sua área de atuação.

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Soldados da Isaf na província Kandahar, no AfeganistãoFoto: AP
De acordo com informações da agência de notícias dpa, o governo alemão planeja elevar seu contingente de soldados no Afeganistão de 3.500 para 4.500 soldados. Também faria parte dos planos ampliar sua área de atuação, atualmente limitada ao norte do país, para o oeste, incorporando assim à província Badghis ao setor alemão. Segundo um relato da revista Spiegel, a premiê alemã pretende anunciar esses planos durante a próxima cúpula da Otan em abril, como uma espécie de contraproposta à exigência norte-americana de que a Alemanha envie soldados ao sul do Afeganistão.
BdT Protest bei Sicherheitskonferenz in München
Manifestantes protestam contra a Conferência de Segurança de MuniqueFoto: AP
Durante a Conferência de Segurança de Munique, o ministro alemão da Defesa, Franz Josef Jung, não negou, nem confirmou os relatos de imprensa. Jung fez um apelo de consenso interno nas operações militares da Otan e afirmou sentir falta de uma estratégia política comum. Ele considera a cúpula de Bucareste uma boa oportunidade de elaborar uma concepção de segurança em rede. Jung ressaltou que a Alemanha considera especialmente importante colaborar para a reconstrução de um país através de proteção militar, questionando o êxito de operações armadas dissociadas de metas civis. Assim ele voltou a defender a posição alemã contra a norte-americana, que prioriza a intervenção militar. "A Europa tem que crescer" O secretário-geral da Otan, Jaap de Hoop Scheffer, criticou a regidez da divisão de competências na operação militar da aliança no Afeganistão e exigiu "flexibilidade máxima" na participação das tropas. O ministro francês da Defesa, Hervé Morin, acusou os países europeus de não se empenharem o suficiente dentro da Otan. "A Europa não pode se dar ao luxo de assumir apenas a parte civil das responsabilidades", mas deveria participar de mais operações de combate. Os países europeus deveriam "despertar para a necessidade de maior esforço de defesa", declarou Morin em Munique, acusando certos Estados de uma atitude "infantil". Contra dispersão de tropas por todo o Afeganistão O ministro alemão do Exterior, Frank-Walter Steinmeier, defendeu a forma de participação do exército alemão no Afeganistão e voltou a refutar as críticas da Otan. "A Alemanha não precisa se esconder por causa de sua atuação", declarou Steinmeier em Munique. Ele considera insensato colocar em risco o trabalho das tropas alemãs no norte através de uma dispersão por todo o território afegão. Steinmeier lembrou que a Alemanha é o país com o terceiro maior contingente de soldados nesse país abalado pela instabilidade política.
Franz-Josef Jung in Afghanistan
Franz-Josef Jung no AfeganistãoFoto: AP
A grande maioria dos alemães rejeita uma ampliação do mandato referente ao estacionamento de soldados no Afeganistão. De acordo com um pesquisa do instituto TNS Emnid, 84% dos entrevistados são contra o aumento ou à extensão da presença militar alemã nesse país. Leste Europeu entre EUA e Rússia Outro assunto polêmico da Conferência de Segurança, que reúne durante dois dias 350 políticos, militares e especialistas de segurança em Munique, foi o plano norte-americano de instalar um escudo antimíssil no Leste Europeu. O ministro do Exterior polonês, Radoslav Sikorski, ressaltou a importância deste plano rejeitado pela Rússia. Diante da ameaça de armas de extermínio de massa, o escudo seria de grande importância, alertou ele. Sikorski também espera que a Otan expanda suas estruturas de defesa antiaérea, o que possibilitaria uma interoperabilidade com o planejado escudo antimíssil. A Polônia também considera imprescindível a participação russa no projeto. (wga/sm)
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