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Mau tempo complica 1º dia de buscas por possíveis destroços de avião

20 de março de 2014

Nebulosidade e chuvas atrapalham tarefa de aviões enviados ao Oceano Índico. Cargueiro norueguês é o primeiro a se aproximar do local onde suspeita-se que Boeing 777 da Malaysia Airlines possa ter caído.

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Avião australiano durante as buscas pelos possíveis destroços do avião da Malaysia AirlinesFoto: Reuters//Australian Defence Force

O primeiro dia de buscas aéreas pelos possíveis destroços do voo MH370 da Malaysia Airlines terminou nesta quinta-feira (20/03) sem avanços devido, sobretudo, ao tempo nebuloso e chuvoso na área onde os objetos foram detectados por satélite.

A descoberta dos possíveis destroços foi feita no domingo, mas, devido às análises, foi anunciada apenas nesta quinta-feira pela Austrália. Ela é considerada a melhor pista já obtida desde que, há 12 dias, o Boeing 777 desapareceu na rota Kuala Lampur-Pequim com 239 pessoas a bordo.

"Recebemos informações novas e críveis, baseadas em dados de satélites. E, após a análise destas imagens, foram identificados objetos possivelmente relacionados à busca do Boeing 777-200 da Malaysia Airlines", disse o primeiro-ministro australiano, Tony Abbot.

Quatro aviões de reconhecimento e dois navios foram enviados para a área, que fica a cerca de 2.500 quilômetros da cidade australiana de Perth, no Oceano Índico. Um cargueiro norueguês foi o primeiro a chegar nos arredores da área. Ele ia para Melbourne após ter saído de Madagascar quando recebeu um pedido do governo australiano para ajudar na busca, centrada agora em uma das regiões mais remotas do planeta.

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O objeto identificado por satélite que pode ser do voo desaparecidoFoto: Reuters/Australian Maritime Safety Authority

Malásia pede cautela

O governo da Malásia pediu cautela, embora também tenha classificado a observação dos dois objetos no Índico de "pista verossímil". Segundo o ministro da Defesa, Hishamudin Hussein, se os destroços avistados pertencerem ao MH370, serão consultados os investigadores do voo da Air France que caiu no Atlântico em 2009.

Mesmo assim, as autoridades malaias explicaram que, ainda que se trate de restos do avião, não sabem quanto tempo demorariam para encontrar a caixa-preta, que contém informação-chave para explicar o ocorrido.

A Austrália está à frente das buscas no sul do Oceano Índico. E as investigações no momento se centram sobre o comandante Zaharie Ahmad Shah e o copiloto Fariq Abdul Hamid. Os investigadores malaios partem do princípio de que a desativação dos sistemas de comunicação do avião e a mudança radical de sua trajetória só poderiam ter sido feitas por alguém com bom conhecimento de aviação.

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Navio norueguês foi o primeiro a chegar à áreaFoto: Reuters/hoegh.com/Handout/NTB Scanpix

Segundo reportagem desta quinta-feira do jornal The New York Times, investigadores americanos suspeitam que a mudança na rota se deu por meio da aplicação de um código de informática e foi feita de dentro da cabine, usando o Sistema de Gestão de Voo (FMS).

A Malásia solicitou ajuda do FBI (a polícia federal americana) para tentar recuperar os dados do simulador de voo que o piloto do avião da Malaysia Airlines mantinha em casa. As informações foram apagadas há cerca de um mês, e a esperança é que possam dar pistas sobre o paradeiro do Boeing 777.