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Meirelles nomeia Ilan Goldfajn para o Banco Central

17 de maio de 2016

Economista-chefe do Itaú-Unibanco substituirá Alexandre Tombini na presidência do BC. Ministro da Fazenda quer autonomia decisória para a autoridade monetária.

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Foto: Getty Images/M. Regan

Meirelles comenta escolhas para a equipe econômica

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nomeou nesta terça-feira (17/05) o economista llan Goldfajn para a presidência do Banco Central (BC), em substituição a Alexandre Tombini. Goldfajn ainda terá que ser sabatinado e ter o nome aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado.

Goldfajn, que é mestre pela PUC-RJ e doutor pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), foi diretor de política econômica do Banco Central entre 2000 e 2003, na gestão de Armínio Fraga. Atuou como consultor de organizações internacionais (como Banco Mundial, Fundo Monetário Internacional e Nações Unidas), do governo brasileiro e do setor privado e é o atual economista-chefe do banco Itaú-Unibanco.

Segundo uma pessoa próxima ao ministro, a nomeação é uma tentativa de recuperar a confiança de investidores. Meirelles atrasou o anúncio de sua equipe econômica até esta terça-feira para que os indicados tivessem tempo para se afastar de seus empregos no setor privado, afirmou a mesma pessoa.

Meirelles disse que o governo também vai propor ao Congresso uma autonomia de decisória para o Banco Central, o que, frisou, não é o mesmo que independência. A autonomia da instituição foi um tema controverso na última campanha presidencial, em 2014, quando a presidente afastada Dilma Rousseff considerou que isso não seria necessário.

Meirelles anunciou também que os secretários da Receita Federal, Jorge Rachid, e do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, permanecem nos cargos.

O economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, elogiou a escolha de Goldfajn. "Acho um nome excepcional, muito qualificado com passagem pelo governo, com muitos trabalhos publicados, acadêmicos, na área de política monetária. Tem experiência do lado público e do lado privado. E acho que ele tem credibilidade com sobra para poder cortar os juros", disse.

AS/rtr/abr