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Merkel recebe Olmert

12 de dezembro de 2006

Chefes de governo da Alemanha e de Israel concordam quanto à necessidade de reativar o processo de paz e defendem maior rigor da comunidade internacional perante o Irã.

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Acolhimento cordial: Merkel recebe Olmert em BerlimFoto: AP

A chanceler federal alemã, Angela Merkel, assegurou ao primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, que a União Européia assumirá um papel construtivo no processo de paz no Oriente Médio. A Alemanha acompanhará ativamente os empenhos que forem realizados nesse sentido, quando assumir a presidência do bloco por um semestre, a partir de janeiro de 2007. O encontro entre os dois chefes de governo em Berlim, nesta terça-feira (12/11), estendeu-se por várias horas.

Merkel condenou com veemência a conferência sobre o Holocausto que se realiza em Teerã por iniciativa do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e lamentou que a Síria não se disponha a assumir um papel positivo no processo de paz na região.

O anúncio de Olmert de que Israel realizará todo o empenho para possibilitar um diálogo com os palestinos foi expressamente louvado pela chanceler federal. Ambos concordaram também quanto à importância de reativar o chamado Quarteto do Oriente Médio, formado por representantes dos EUA, da UE, da ONU e da Rússia, e que há quatro anos tenta encontrar um caminho para a constituição de um Estado palestino.

Maior rigor em relação a Teerã

No que diz respeito ao impasse em torno do programa nuclear do Irã, os dois chefes de governo defenderam um maior rigor da comunidade internacional. Já está na hora de o Conselho de Segurança das Nações Unidas implementar sanções contra Teerã, declararam Merkel e Olmert após seu encontro. A meta tem de ser impedir que o Irã construa a bomba atômica, acentuaram.

Mas o próprío primeiro-ministro israelense acabou gerando alvoroço com alusões indiretas ao fato – oficialmente não confirmado – de que Israel possuiria a bomba atômica. Em entrevista transmitida pelos canais alemães Sat1. e N24, Olmert mencionou seu país pela primeira vez ao lado das potências nucleares EUA, França e Rússia, quebrando um tabu da política israelense.

Após reações indignadas em Israel, o primeiro-minsitro tentou amenizar sua declaração, afirmando que nada mudou na política atômica de seu país e que Israel não será "o primeiro país no Oriente Médio a possuir armas atômicas". (lk)