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Medalha da Liberdade

8 de junho de 2011

Obama diz que Merkel é um símbolo do triunfo da liberdade por ser a primeira mulher oriunda dos antigos estados comunistas a liderar a Alemanha reunificada. Distinção é entregue pela segunda vez a um premiê alemão.

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Merkel recebe distinção das mãos do presidente Obama
Merkel recebe distinção das mãos do presidente ObamaFoto: AP

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, homenageou a chanceler federal alemã, Angela Merkel, com a maior distinção civil norte-americana. A Medalha Presidencial da Liberdade foi concedida a Merkel durante um pomposo jantar oficial na Casa Branca nesta terça-feira (07/06). Antes dela, a medalha havia sido entregue a apenas um alemão o ex-chanceler Helmut Kohl, em 1999.

Ao entregar a honraria à chefe de governo alemã, Obama ressaltou os grandes esforços da colega em favor das boas relações entre os dois países e afirmou que a chanceler "é uma voz eloquente em favor dos direitos humanos e de valores em todo o mundo". Segundo ele, Merkel se transformou num símbolo do triunfo da liberdade ao se tornar a primeira alemã do leste a liderar o país reunificado após a queda do bloco socialista.

Casa Branca oferece a Merkel um jantar com toda a pompa
Casa Branca oferece a Merkel um jantar com toda a pompaFoto: picture-alliance/dpa

Em agradecimento, Merkel disse que via a medalha como uma prova "da excelente parceria que existe entre Alemanha e Estados Unidos". A cerimônia aconteceu no Jardim de Rosas da Casa Branca e foi o ponto alto desta sexta visita da alemã a Washington desde que Obama assumiu a presidência, em janeiro de 2009.

Boas relações

Merkel e Obama fizeram questão de enfatizar a proximidade de seus países durante uma entrevista coletiva concedida após conversas entre os dois líderes na Casa Branca. A recepção oferecida à chanceler foi encarada como uma prova de que Alemanha e Estados Unidos querem manter as boas relações.

Durante discurso no gramado da residência oficial norte-americana, Obama destacou a importância da aliança entre EUA e Alemanha. "A Alemanha no centro da Europa é um de nossos maiores aliados e a chanceler Merkel é uma de minhas parceiras globais mais próximas", declarou. "Alianças com países como a Alemanha são mais importantes do que nunca, elas são realmente indispensáveis."

A chanceler discursou no mesmo tom do colega. "Nós alemães sabemos que os Estados Unidos têm sido verdadeiros amigos nossos. Nossa amizade cresceu e amadureceu, e todo dia ganha vida nova", afirmou.

Segundo autoridades alemãs, as conversas entre Merkel e Obama – que duraram aproximadamente duas horas num restaurante de Washington, assim que ela desembarcou no país – ocorreram num clima descontraído. Os dois falaram sobre as agitações no norte da África, a situação no Afeganistão e o processo de paz no Oriente Médio.

Preocupação com o euro

O presidente norte-americano externou sua preocupação sobre a atual crise financeira europeia e avaliou que qualquer "espiral descontrolada" e inadimplência na zona do euro poderia ser desastrosa para a economia global.

"Precisamos ter certeza de que as melhores ideias estão sendo consideradas", afirmou Obama. Ele também destacou o papel central da Alemanha nos esforços para enfrentar a crise, para a qual o Fundo Internacional Mundial (FMI) e a União Europeia vem disponibilizando bilhões de euros em resgate financeiro à Grécia, à Irlanda e a Portugal.

Alemanha e EUA reafirmam as suas boas relações
Alemanha e EUA reafirmam as suas boas relaçõesFoto: AP

Merkel afirmou que a Alemanha e seus parceiros europeus estão conscientes de suas obrigações para com a economia global, assegurando que as dificuldades financeiras de um país não irão desestabilizar o euro.

"Se um país estiver em perigo e isso colocar em risco o euro como um todo, será do interesse de cada país, e também de todo, observar que a área comum da moeda não está sob risco, e vamos trabalhar nesse sentido. Assim, a sustentabilidade está garantida", disse Merkel.

Sobre a Líbia, os dois líderes defenderam que Khadafi deve deixar o poder. A chanceler afirmou que a Alemanha está comprometida com a "causa líbia" e com o sucesso de uma operação da Otan de impor um bloqueio ao tráfego aéreo sobre o país – a Alemanha, no entanto, se absteve da votação no Conselho de Segurança das Nações Unidas que autorizou a missão.

MS/ap/afp/dpa
Revisão: Alexandre Schossler