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Merkel visita Oriente Médio

(sm)29 de janeiro de 2006

Em sua missão de estréia no Oriente Médio como premiê, a chanceler federal alemã chega lá como primeira política européia a visitar a região após a vitória eleitoral do Hamas ao governo palestino.

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Angela Merkel encontra premiê israelense Ehud Olmert, em JerusalémFoto: AP

A premiê Angela Merkel iniciou sua primeira visita ao Oriente Médio como chefe de governo da Alemanha, acompanhada de apelos pela mediação no conflito entre israelenses e palestinos. No domingo (29/01) à noite, ela encontra o premiê israelense Ehud Olmert, em Jerusalém. Para segunda-feira está previsto um encontro com o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmud Abbas, em Ramallah.

Sem diálogo com Hamas

O principal assunto das conversações com os políticos do Oriente Médio é a vitória eleitoral dos radicais islâmicos do Hamas nas eleições parlamentares palestinas e a controversa política nuclear do Irã. Merkel é a primeira chefe de governo de um país da União Européia a visitar a região em crise após a virada política palestina.

Um porta-voz do governo em Berlim confirmou que Merkel não pretende encontrar nenhum representante do Hamas, até que o novo governo palestino se comprometa a abrir mão da violência e reconhecer o Estado de Israel.

Missão de bombeiros

A embaixada de Israel em Berlim e organizações judaicas alemãs fizeram exigências explícitas à premiê. Na visão do embaixador israelense, Shimon Stein, Merkel deveria lembrar o presidente Abbas de sua promessa de desarmar as organizações terroristas. O presidente do Conselho Central dos Judeus da Alemanha, Paul Spiegel, exigiu que não haja diálogo com o recém-eleito governo palestino, pelo menos até haver garantias de reconhecimento do Estado de Israel.

A imprensa alemã destacou a importância da missão da premiê ao Oriente Médio. "A visita de Merkel se assemelha a uma missão do corpo de bombeiros. A divisa do governo norte-americano e dos países da União Européia é impedir o presidente Abbas, pelo menos temporariamente, de admitir a derrota e de renunciar. [...] Afinal, o Ocidente precisa de Abbas para não cair na constrangedora situação de ter que entrar em contato com os adeptos do Hamas, antes que estes se distanciem do terrorismo", comentou o Süddeutsche Zeitung.