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Metalúrgicos europeus apóiam greve na Alemanha

(ns)10 de maio de 2002

A Federação Européia dos Sindicatos dos Metalúrgicos solidarizou-se com a greve na Alemanha, da qual participaram mais de 100 mil trabalhadores esta semana.

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Klaus Zwickel, presidente do sindicato alemão dos metalúrgicosFoto: AP

Os metalúrgicos alemães, em greve desde segunda-feira, receberam a solidariedade dos colegas, durante um congresso sindical, nesta sexta-feira (10), em Frankfurt. Tanto a Federação Européia dos Sindicatos dos Metalúrgicos (EMF) como o IG Metall alemão mostraram-se decididos a impedir que a produção seja eventualmente transferida ao exterior, por causa da greve na Alemanha.

Tony Janssen, presidente da EMF, considerou o aumento salarial que o IG Metall venha a obter, muito importante para os demais países, pois a indústria metalúrgica na Alemanha é responsável por mais de um terço da produção européia. O resultado servirá de base para as negociações nos outros países. Além do mais, só a união de forças pode combater o dumping salarial.

Solidariedade contra possíveis medidas dos empregadores

Por sua vez, o presidente do Sindicato alemão dos Metalúrgicos, Klaus Zwickel, ressaltou a importância da cooperação sindical. "Estar aqui com colegas de sindicatos de 11 países tem um peso muito maior do que declarações de solidariedade por escrito", afirmou. Não há indícios de que os empresários alemães estejam transferindo parte da produção, mas seria bom prevenir-se. "Não sabemos quanto tempo a greve vai durar", acrescentou.

"Greve flexível" funcionou - O fim da greve dependerá de uma oferta "razoável e aceitável", precisou. Enquanto o sindicato exige aumento de 6,5%, os patrões só querem dar 3,3%. Os empregadores vem se negando a apresentar, por enquanto, uma nova oferta. Zwickel fez uma boa avaliação da nova tática, denominada "greve flexível", em que há alternância de estados, empresas e turnos, para evitar impasses na produção. O resultado merece ser qualificado de "excelente", segundo o líder do mais combativo sindicato alemão.

Cerca de 100 mil trabalhadores participaram da greve, iniciada na segunda-feira (06). Na próxima semana, ela será estendida aos estados de Berlim e Brandemburgo, abrangendo 135 mil trabalhadores em 135 empresas.