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Milhares saem às ruas em protestos na Polônia

9 de janeiro de 2016

Manifestantes protestam em várias cidades contra a nova lei de imprensa e as mudanças no Tribunal Constitucional e afirmam que governo conservador é ameaça à democracia.

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Polen Warschau Pro-Demokratie Demonstration
Foto: Reuters/K. Pempel

Milhares de pessoas saíram às ruas de Varsóvia e outras cidades da Polônia neste sábado (09/01) para protestar contra a nova lei de imprensa do país, definida pelo governo conservador e aprovada pelo Parlamento.

As manifestações foram organizadas por um grupo autointitulado Comitê de Proteção da Democracia, que já havia reunido dezenas de milhares de poloneses no mês passado em atos contra o partido governista Lei e Justiça (PiS).

Milhares de pessoas com bandeiras da Polônia e da União Europeia participaram dos protestos em Varsóvia e cidades como Wroclaw, Cracóvia, Katowice e Lodz. Segundo os organizadores, a manifestação na capital polonesa reuniu 20 mil pessoas.

Os opositores dizem que recentes mudanças impulsionadas pelo governo visam obter controle sobre o Tribunal Constitucional e as emissoras estatais de rádio e televisão e ameaçam a liberdade de imprensa e a democracia.

A nova lei de imprensa, que entrou em vigor nesta sexta-feira, levou ao afastamento de diretores de emissoras estatais de rádio e televisão e transferiu a autoridade para nomear sucessores para o ministro do Tesouro. Ele imediatamente indicou o político conservador e jornalista Jacek Kurski para chefiar a televisão estatal.

Além disso, no mês passado, o Parlamento, de maioria governista, estabeleceu mudanças na legislação para nomear juízes para a mais alta instância jurídica do país.

A União Europeia expressou preocupação com as medidas, e a Comissão Europeia debaterá os acontecimentos na Polônia na próxima quarta-feira.

O governo polonês, que assumiu o poder em novembro, justifica as mudanças afirmando que as reformas se fazem necessárias porque alguns órgãos públicos representavam apenas os interesses dos que governavam anteriormente a Polônia.

RC/dpa/ap