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Ministros alemão e francês defendem euro contra fama de inflacionário

(sv)23 de janeiro de 2002

Alemanha e França insistem no pacto de estabilidade e crescimento da União Européia, segundo afirmaram os ministros das Finanças dos dois países, reunidos em Berlim na tarde desta quarta-feira.

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O ministro alemão das Finanças Hans Eichel contestou que a introdução do euro tenha desencadeado um aumento generalizado de preços na UE. "Esses dados não provados estatisticamente, são mera especulação", afirmou Eichel após o encontro com seu colega de pasta francês, Laurent Fabius. Para os dois ministros, é necessário reduzir a inflação e o déficit público nos países da zona do euro o mais rápido possível, com o objetivo de estabilizar a nova moeda.

Causas

– Fabius não quis atribuir o déficit orçamentário alemão a tropeços políticos. "Não seria correto dizer que houve erros na política econômica alemã", afirmou o ministro. Segundo ele, a economia do país, se comparada à da França, estaria muito mais atrelada à conjuntura norte-americana, o que pode ser considerado um dos fatores responsáveis pela instabilidade. Além disso, Fabius acentuou que a reunificação alemã trouxe conseqüências para a economia do país, que podem ser sentidas até os dias de hoje.

A possibilidade de envio de uma "carta azul" de advertência da Comissão da UE à Alemanha (em função do déficit orçamentário do país, que se aproxima dos 3% do PIB, estipulados pelo Tratado de Maastricht para a estabilidade do euro) foi descartada pelo ministro francês. "Não há qualquer motivo para alarme", afirmou Fabius.

BCE

– A sucessão do atual vice-presidente e membro do Conselho do Banco Central Europeu, o francês Christian Noyer, foi outro ponto discutido na reunião. Noyer deve deixar o cargo em maio próximo e especula-se sobre o nome de seu substituto. Para Eichel, "é óbvio que a França deve estar presente na direção do BCE".

A razão da visita de Fabius à capital alemã foi uma reunião com deputados alemães responsáveis pela política fiscal e financeira. Eichel deverá retribuir a visita, indo a Paris em fevereiro próximo. "Nós temos que tornar cada mais nítida a dimensão européia da nossa política", resumiu o ministro alemão. "Somos dependentes um do outro", finalizou Fabius.