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Moody's: Jogos Olímpicos não terão impacto sobre crise

16 de maio de 2016

Benefícios econômicos do evento esportivo incluem receitas do turismo e legado em termos de infraestrutura, aponta agência de classificação de risco. No entanto, efeitos serão de curto prazo e não devem aliviar recessão.

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Jogos Olímpicos Rio 2016
Foto: picture-alliance/dpa/M. Kappeler

A agência de classificação de risco Moody's afirmou nesta segunda-feira (16/05) que os Jogos Olímpicos vão deixar um legado de melhorias na infraestrutura do Rio de Janeiro, mas dificilmente irão alterar o cenário de recessão econômica no Brasil.

Os Jogos Olímpicos geraram cerca de 25 bilhões de reais em investimentos em infraestrutura na região metropolitana do Rio, quase alcançando o montante gasto com a Copa do Mundo, em 12 cidades-sede do país, aponta a Moody's em relatório.

Quanto aos investimentos mais importantes realizados na capital carioca, a Moody's destacou o investimento na área de transporte urbano. Barbara Mattos, vice-presidente da Moody's, lembrou que a linha quatro do metrô, que vai ligar a parte sul da cidade ao parque olímpico na Barra da Tijuca, e o projeto de um novo trem rápido, o VLT, ajudarão a revitalizar a área central da cidade.

No entanto, a agência avalia que o impacto dos Jogos será mínimo para a maioria das empresas neles envolvidas, beneficiadas no curto prazo com aumentos nas vendas e marketing durantes os jogos.

A Moody's apontou que o governo espera que ao menos 350 mil pessoas visitem o Rio durante os Jogos Olímpicos, em agosto, e os Jogos Paralímpicos, em setembro. Assim como em relação infraestrutura, os efeitos positivos do turismo serão de curto prazo para os cofres públicos, diz a agência.

Para os bancos, "os empréstimos feitos para financiar projetos olímpicos terão um impacto limitado, já que os empréstimos totais para financiar obras de infraestrutura e a cidade olímpica constituem apenas uma pequena fração dos empréstimos pendentes", destaca a nota.

Em fevereiro deste ano, a Moody's rebaixou a avaliação do crédito soberano do Brasil para abaixo do nível de investimento, na prática retirando o selo de bom pagador do país.

LPF/lusa/ots