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Nanotecnologia

23 de outubro de 2009

Agência Federal do Meio Ambiente alemã recomenda evitar produtos que contenham nanopartículas. Os riscos que representam à saúde ainda não teriam sido investigados suficientemente.

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Nanotecnologia faz parte de inúmeros produtosFoto: dpa

A Agência Federal do Meio Ambiente (UBA) da Alemanha recomendou esta semana evitar produtos com nanopartículas "porque os efeitos sobre o ambiente e a saúde humana ainda são amplamente desconhecidos". A nanotecnologia trabalha com estruturas muito pequenas: um nanômetro é mil vezes menor do que o diâmetro de um cabelo humano.

"Os efeitos dos nanomateriais sobre o ambiente e os seus eventuais riscos para a saúde ainda não foram suficientemente investigados, apesar de estarem cada vez mais disseminados no solo, na água e na atmosfera", adverte a UBA.

Os órgãos respiratórios "são provavelmente a via mais importante de absorção de micropartículas, invisíveis a olho nu, mas que podem penetrar nos pulmões e causar problemas" refere um estudo feito pela agência. É menos provável que as partículas entrem nas vias sanguíneas e atinjam assim outros órgãos. Segundo Rolf Buschmann, da Central de Defesa do Consumidor da Renânia do Norte-Vestfália, não há motivos para pânico.

Registro obrigatório

A agência sugere que os produtos com nanopartículas passem a ser registrados obrigatoriamente. Além disso, exige a "criação de um quadro legal para lidar com a segurança" de materiais obtidos com esta tecnologia. Mais de 800 empresas alemãs trabalham atualmente no setor.

A nanotecnologia abrange várias áreas, como a indústria automobilística, a engenharia mecânica, a indústria de alimentos e cosméticos, e de tecnologia ambiental. Ela é utilizada para evitar, por exemplo, para aumentar a eficiência de cremes solares.

Blue Wings Flugzeug 2007
O peso de aviões pode ser diminuído com a nanotecnologiaFoto: Arcturus / GFDL

Materiais sintéticos aperfeiçoados graças à nanotecnologia também podem diminuir o peso de automóveis ou aviões ou para o fabrico de lâmpadas econômicas mais eficazes. Segundo a associação de proteção dos consumidores, produtos têxteis, protetores solares, graxas para calçados ou tinta contêm nanopartículas. Elas, no entanto, ainda não são usadas na indústria alimentícia alemã.

A UBA lembra que testes de laboratório feitos com ratos revelaram que as nanopartículas se instalam nas células e causam danos na informação genética. Além disso, há estudos que detectaram doenças em animais provocadas pelas nanopartículas idênticas às doenças causadas pelo amianto, que só muito depois de ter revolucionado o mercado da construção revelou ser cancerígeno.

MN/lusa/dpa/afp

Revisão: Roselaine Wandscheer