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Novos nomes surgem na corrida presidencial

3 de agosto de 2018

Na reta final das convenções partidárias, Alckmin e Marina anunciam vices, e MDB oficializa candidatura de Meirelles. Bolsonaro, Ciro e Manuela ainda não definiram companheiros de chapa, e PT segue sendo incógnita.

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Palacio do Planalto
MDB terá um candidato próprio ao Planalto pela primeira vez desde 1994Foto: picture-alliance/dpa/epa/R. Ghement

A poucos dias do fim da fase de convenções partidárias, algumas chapas que vão disputar a Presidência da República começam a ganhar contornos mais definidos com o anúncio de alguns pré-candidatos à vice-presidente. Na noite desta quinta-feira (02/08), o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) confirmou a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) como vice. Mais cedo, foi a vez de Marina Silva (Rede) confirmar Eduardo Jorge (PV) como seu companheiro de chapa.

Paralelamente, o MDB oficializou a pré-candidatura do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles à Presidência. Será a primeira vez desde 1994 que o partido terá um candidato próprio ao Planalto. Meirelles, por enquanto, não anunciou quem será o seu vice. Sem ter fechado nenhuma aliança, é provável que o partido acabe se contentando com um nome da própria sigla. Segundo jornais brasileiros, a senadora Marta Suplicy está sendo sondada para assumir a vaga.

Na mesma sequência de anúncios, o PP e o DEM oficializaram em suas próprias convenções nacionais apoio à candidatura de Alckmin. Dentro do PP, a escolha de Ana Amélia, de 73 anos, como vice do tucano chegou a gerar alguma resistência, já que ela é encarada pelos caciques do partido como uma figura muito independente.

A gaúcha está em seu primeiro mandato como senadora e é conhecida por suas posições conservadoras e por sua atuação em apoio ao agronegócio. Ela também já se envolveu em várias controvérsias com o PT. Em março, por exemplo, elogiou as cidades que "botaram para correr" a caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que atravessou o Sul do país.  

Ao aceitar o convite de Alckmin, ela abriu mão de concorrer a mais um mandato ao Senado. Ana Amélia já aceitou o convite do tucano, mas disse que o anúncio formal ainda depende de questões regionais, como a formação de uma aliança entre o PSDB e o PP na disputa pelo governo do Rio Grande do Sul.

Alckmin, por enquanto, segue empacado nas pesquisas eleitorais. De acordo com o último levantamento do Ibope, realizado no final de junho, ele tem 6% das intenções de voto no cenário que não tem Lula na disputa.

O anúncio de Ana Amélia como vice de Alckmin não tem apenas implicações para a pré-candidatura de Alckmin. O PP gaúcho havia anunciado apoio à pré-candidatura à Presidência de Jair Bolsonaro (PSL). Com a eventual união também no plano regional entre o PP e o PSDB, o militar reformado deve perder um palanque no Estado.

Já a pré-candidata Marina Silva rompeu um pouco o isolamento da Rede ao anunciar a aliança com o Partido Verde. Eduardo Jorge, que será o vice de Marina, foi o candidato dos verdes à Presidência em 2014. Nesta semana, Jorge já havia defendido publicamente uma aliança ao afirmar que "não tem lógica que dois partidos tão semelhantes fiquem separados numa situação tão complicada".

Na quarta-feira, Alvaro Dias (Podemos) já havia se juntando ao grupo de pré-candidatos com vice definido, ao confirmar o nome de Paulo Rabello de Castro, que inicialmente pretendia concorrer à Presidência pelo PSC.

Bolsonaro, Ciro Gomes e Manuela D'ávila ainda não definiram seus vices. O PT também segue sendo uma incógnita. O partido deve oficializar neste sábado a candidatura do ex-presidente Lula à Presidência. O petista continua preso em Curitiba e está virtualmente inelegível por causa de uma condenação em segunda instância.

No caso do PT, a escolha do vice é encarada com atenção especial, já que o companheiro de chapa pode eventualmente substituir o ex-presidente na cabeça da chapa se a Justiça eleitoral barrar a candidatura. 

JPS/ots

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