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Terremoto no Chile

2 de março de 2010

O números de mortos já passa dos 700 e há relatos de povoados que desapareceram depois do terremoto. Para conter onda de saques, governo colocou 14 mil soldados em patrulhamento nas ruas.

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Busca por sobreviventes em ConcepciónFoto: AP

Diversos tremores de terra e o mau tempo dificultam os trabalhos de resgate no Chile, atingido no último sábado (27/02) por um terremoto de 8,8 pontos na escala Richter. Desde a meia noite desta terça-feira (02/03), onze novos abalos sísmicos de até 5,5 pontos foram sentidos no país.

Até o momento, estima-se que mais de 700 pessoas tenham morrido com a catástrofe, que atingiu cerca de 2 milhões de chilenos. As equipes continuam trabalhando na tentativa de encontrar sobreviventes nos escombros.

Flash-Galerie Chile Plünderung
Soldados estão nas ruas para conter saques e desordemFoto: AP

Reforço militar

Para conter o tumulto que tomou conta do país, o governo de Michelle Bachelet mobilizou nesta terça-feira 14 mil soldados. "Hoje estamos especialmente preocupados com a tranquilidade e segurança da população", declarou a presidente, que encerra o mandato em nove dias.

Na cidade de Concepción, a segunda maior do Chile, a segunda-feira foi marcada por troca de tiros entre soldados e saqueadores. Muitos moradores montaram barricadas nas ruas para conter a ação dos que tentavam saquear.

"Entendemos o grande sofrimento dos cidadãos, mas esses atos criminosos não serão tolerados", afirmou Bachelet. Segundo informações, mais de 160 pessoas foram presas.

Patricio Rosende, subsecretário de governo, informou que a administração federal comprou o estoque dos principais supermercados em Concepcíon para que a comida fosse distribuída gratuitamente. "Quando acontece uma catástrofe dessa magnitude, quando não há eletricidade ou água, a população começa a perder o senso de ordem pública", reconheceu.

Além de Concepción, o toque de recolher foi imposto em três outras cidades na tentativa de controlar a situação caótica.

Chile / Erdbeben / Talcahuano
Cidade de Talcahuano, na costa chilenaFoto: AP

Ajuda humanitária

As primeiras cargas de ajuda humanitária começaram a chegar ao Chile, principalmente provindas dos vizinhos latino-americanos. Nesta terça-feira, Hillary Clinton, secretária norte-americana de Estado, desembarcou na capital e anunciou que as equipes americanas de resgate estão de prontidão.

Em cidades costeiras distantes da capital, a ajuda começou a chegar nesta terça-feira. Os sobreviventes pedem o envio urgente de água potável e de alimento à região.

Há relatos sobre o desaparecimento de povoados inteiros em decorrência dos tsunamis que seguiram o terremoto do sábado. Na parte norte do país, muitos deixaram suas casas em direção ao interior do Chile, com medo de novos tsunamis.

NP/afp/epd/dpa
Revisão: Simone Lopes

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