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O Brasil na imprensa alemã (15/01)

15 de janeiro de 2020

A polêmica envolvendo o Jesus gay do grupo humorístico Porta dos Fundos, o sucesso de Pabllo Vittar e o elevado desmatamento na Amazônia sob o governo Bolsonaro são destaques nos sites e jornais da Alemanha.

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Screenshot Netflix Satire The First Temptation of Christ
Foto: Netflix

Tagesschau.de – Netflix deve apagar sátira sobre Jesus, 08/01

Jesus aparece em casa para o Natal e dá a entender que é gay: a paródia brasileira da Netflix deve ser retirada da internet.

No programa, Jesus retorna para casa para seu 30º aniversário e insinua que é gay. Grupos religiosos condenaram isso como blasfêmia. Uma petição online recolheu milhões de assinaturas em favor da proibição do filme. Os responsáveis por ele, por sua vez, o defenderam como uma expressão legítima de liberdade de opinião.

Süddeutsche Zeitung – Jesus deve sair, 10/01

A polêmica em torno do Jesus homossexual continua no Brasil. Desde dezembro corre uma briga em torno de uma curta sátira na qual se insinua que Jesus tem uma relação amorosa com um homem. Um juiz do Rio de Janeiro decidiu que a Netflix devia tirar o filme da internet.

A medida provisória é uma vitória para o campo conservador-religioso, tradicionalmente forte no Brasil.

A briga envolve bem mais do que apenas uma sátira. Há anos cresce no Brasil a polarização entre quem defende mais abertura da sociedade e quem a rejeitam. Por um lado, o país é progressista: já em 2013, por exemplo, o Brasil instituiu o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em algumas regiões de cidades grandes, como Rio e São Paulo, é normal ver casais homossexuais trocarem carinhos na rua. Por outro lado, os evangélicos, que rejeitam qualquer forma de liberalização social, ganham cada vez mais influência.

Tagesschau.de – Desmatamento da Amazônia cresce 85%, 15/01/20

No governo do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro, o desmatamento da Amazônia cresceu de forma drástica. Em 2019, a área que foi destruída aumentou em 85%.

Trata-se, porém, de dados preliminares dos satélites do Inpe. A análise mais profunda dos dados, que ainda aguarda ser feita, deverá relevar números ainda maiores, afirmam especialistas.

Frankfurter Allgemeine Zeitung – Destruição da Floresta Amazônica cresce de forma drástica, 15/01

A destruição da Floresta Amazônica no Brasil cresceu de forma drástica no ano passado. Segundo dados do Inpe, em 2019 foram destruídos 9.166 quilômetros quadrados de mata na Amazônia. Isso é mais do que dez vezes a área de Berlim.

Tageszeitung – Matando um leão por dia, 15/01

A drag queen brasileira Pabllo Vittar é cada vez mais famosa, enquanto seu país, sob o presidente Jair Bolsonaro, vai cada vez mais para a direita – uma luta difícil.

Já há alguns anos a drag queen Pabllo Vittar causa furor no Brasil, e no mais tardar desde o ano passado, o resto do mundo também a descobriu. Vittar gravou vários álbuns e foi a primeira drag queen indicada para um Grammy Latino. O New York Times a chamou de um símbolo da fluidez de gênero, o Guardian, de um símbolo da resistência. E, de fato: não é coincidência que, com Vittar, uma drag queen não binária tenha virado uma estrela, justamente numa época em que as forças reacionárias se fortalecem no Brasil. Bem ao contrário.

Um clipe musical de Vittar já tem mais de 350 milhões de visualizações, e 9,9 milhões a seguem no Instagram. Com base no número de seguidores nas redes sociais, Pablo Vittar é a drag queen de maior abrangência do mundo – e isso também é o Brasil do ano 2020.

AS/ots