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O Brasil na imprensa alemã (22/05)

22 de maio de 2019

Imprensa alemã destaca decisão da Justiça de Brumadinho de impedir alemã TÜV Süd de certificar segurança de barragens. Possíveis propinas da Siemens e outras multinacionais à área da saúde no Brasil também foram tema.

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Dois guindastes em meio a mar de lama de rejeitos de minério de ferro em Brumadinho
Buscas por sobreviventes na lama de rejeitos de minério de ferro em Brumadinho, um ês após rompimento de barragem da ValeFoto: DW/Nádia Pontes

Süddeutsche Zeitung – TÜV Süd não pode mais avaliar barragens no Brasil, 17/05/2019

Depois do devastador rompimento da barragem de minério de ferro no Brasil, que causou mortes e destruição, a filial brasileira da empresa alemã de certificação TÜV Süd está impedida de emitir certificados de segurança para barragens até segunda ordem. Além disso, foram suspensos cerca de R$ 60 milhões de reais da empresa para cobrir despesas de eventuais pedidos de indenização, segundo decisão da Justiça de Brumadinho.

"A TÜV Süd está avaliando a decisão do tribunal e deverá decidir sobre suas ações futuras", disse um porta-voz da empresa sediada em Munique na última sexta-feira (17/05). "A TÜV Süd continua se oferecendo para continuar cooperando com as autoridades e instituições no âmbito das investigações", declarou.

(...) A filial brasileira da TÜV Süd havia inspecionado a barragem no ano passado, contratada pela mineradora Vale, operadora da represa, e seus técnicos haviam atestado a estrutura como estável. Mas, segundo avaliação do Ministério Público de Minas Gerais, o certificado foi emitido apesar de a TÜV Süd ter conhecimento do mau estado da barragem e dos riscos. Um técnico responsável explicou, durante audiência, que se sentiu pressionado por representantes da Vale.

Manager Magazin – FBI investiga Siemens no Brasil, 17/05/2019

A Siemens e outros grandes fornecedores de equipamentos médicos teriam entrado na mira de autoridades brasileiras e do FBI por causa de supostos pagamentos de suborno.

Os agentes suspeitam que os fabricantes tenham conseguido garantir contratos lucrativos na área da saúde durante duas décadas por meio de pagamentos ilegais a autoridades públicas, para compra, entre outros, de máquinas de ressonância magnética e próteses.

Mais de vinte empresas seriam parte do "cartel". As mais conhecidas são a Siemens, a Philips, a Johnson&Johnson e a General Electric, segundo disseram duas fontes envolvidas nas investigações à agência Reuters.

Segundo testemunhos e documentos da Justiça, os equipamentos teriam sido vendidos por um preço até oito vezes maior do que o valor. A procuradora federal Marisa Ferrari confirmou em entrevista à Reuters que as autoridades brasileiras estão em contato com a polícia federal americana, o Ministério da Justiça dos EUA e a Comissão de Valores Mobiliários (SEC, em inglês). Ela não citou os nomes das empresas suspeitas e disse que as investigações ainda estão no início.

O FBI não quis confirmar a existência de investigações e a SEC não se pronunciou. As autoridades americanas se interessam pelo caso porque as empresas em questão também podem ter que pagar multas sensíveis se tiverem pago subornos no Brasil.

Filial da Siemens no Brasil
Siemens no Brasil: FBI estaria investigando propina na área de equipamentos médicosFoto: presse

Zeit.de – Destruir a floresta, expulsar indígenas – 20/05/2019

Recentemente, Jair Bolsonaro emitiu um novo decreto, segundo o qual, a partir de agora, mais 20 milhões de brasileiros – de diferentes categorias, de políticos a funcionários de trânsito – podem carregar armas. A oposição reagiu horrorizada à decisão do presidente brasileiro, especialistas em segurança pública preveem mais violência letal, e mais de 60% dos brasileiros se disseram contra a medida em pesquisas. Até o Ministério Público Federal quer a suspensão do decreto.

Mas Bolsonaro, ex-capitão da reserva e fã confesso de armas, tem suas prioridades no momento: reconhecidamente, se esforça para cumprir promessas de campanha feitas aos seus grupos de eleitores e apoiadores mais fiéis. De qualquer forma, um dos grupos que agora pode circular por aí com armas no coldre chama especialmente a atenção: "proprietários rurais", segundo diz o decreto. Trata-se de um dos grupos que mais apoia o presidente de extrema direita – e que tem o maior poder no Parlamento.  

(...) Em muitas áreas, os invasores ilegais de terras agora também estão invadindo áreas de proteção federais. Na era Bolsonaro, eles mal encontram agentes federais nesses locais. Já durante a campanha eleitoral, o presidente atacou com agressividade o órgão nacional de proteção ambiental Ibama, ridicularizando-o como uma "indústria da multa". Agora, seu governo os expulsa das florestas.

Spiegel.de – A sétima Copa do Mundo de Formiga, algo que nem Matthäus conseguiu, 16/05/2019

A jogadora da seleção brasileira de futebol feminino Miraildes Maciel Mota, conhecida pelo apelido Formiga, vai bater um recorde na Copa do Mundo deste ano na França. Ela será a primeira atleta a participar de sete campeonatos mundiais de futebol. Na última quinta-feira (16/05), ela foi convocada para a seleção que vai disputar o torneio a partir de 7 de junho.

Até hoje, a meia que atua para o Paris St. Germain dividia o recorde de seis participações com a japonesa Homare Sawa. Entre os homens, o recordista alemão Lothar Matthäus e os mexicanos Rafael Márquez e Antonio Carbajal integraram a seleção nacional dos respectivos países por cinco vezes.

Se Formiga jogar durante a Copa, ela também seria a atleta mais velha a disputar um Mundial de futebol feminino – apesar de ela ter se aposentado após as Olimpíadas de 2016.

O Brasil participou de todas as sete edições do torneio mundial de futebol feminino, mas a equipe à volta da estrela Marta ainda não conquistou nenhum título. No Mundial de 2007, na China, elas fracassaram na final, diante da seleção alemã. Atualmente, o time está fora de forma – o Brasil perdeu as últimas nove partidas.

RK/ots

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