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Obama defende mudanças em debate sobre controle de armas

17 de junho de 2016

Durante visita a familiares das vítimas do atentado de Orlando, presidente dos EUA pede que Congresso aprove leis mais rígidas para o porte de armas. Ele apela também para o fim da violência contra a comunidade LGBT.

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Presidente dos EUA, Barack Obama, e o vice Joe Biden no memorial às vítimas do atentado de Orlando
Presidente dos EUA, Barack Obama, e o vice Joe Biden no memorial às vítimas do atentado de OrlandoFoto: Reuters/C. Barria

O presidente americano, Barack Obama, defendeu nesta quinta-feira (16/06) uma mudança no debate sobre o controle de armas e apelou para o fim da violência contra a comunidade LGBT.

"Estas famílias poderiam ser as nossas famílias. De fato, são a nossa família, pois são parte da família americana. O nosso coração também está partido", disse Obama em visita às famílias das vítimas do atentado em Orlando.

As reuniões do presidente duraram horas. Ele falou primeiro com as forças policiais, agentes de segurança e equipes de emergência que catuaram após o tiroteio. Em seguida, encontrou-se com familiares das 49 vítimas e com alguns sobreviventes.

Obama e o vice-presidente Joe Biden depositaram ramos com 49 rosas brancas, uma para cada vítima, diante do centro de artes performativas Doctor Phillips, em Orlando, onde na segunda-feira ocorreu uma cerimônia em homenagem às vítimas.

"Há quatro dias, esta comunidade [LGBT] sofreu um ato perverso e cheio de ódio, mas hoje existe sobretudo amor, afirmou o presidente.

Pouco depois de se reunir com as famílias das vítimas, Obama pediu aos membros do Congresso americano para mostrarem "dignidade" e votarem a favor de enquadramentos mais rigorosos para a venda de armas. O presidente americano afirmou que o debate sobre as armas de fogo nos Estados Unidos "tem de mudar".

"Os motivos deste ataque podem ter sido diferentes dos motivos por trás dos atentados de Aurora ou de Newtown", afirmou Obama, listando dois dos assassinatos em massa que marcaram a sua presidência. "Mas os instrumentos [utilizados] foram similares", acrescentou.

"E agora mais 49 pessoas inocentes estão mortas, outras 53 estão feridas, umas ainda lutam por suas vidas. Algumas ficarão com feridas por toda a vida", declarou o presidente americano.

Obama insistiu que, enquanto os militares atacam os grupos extremistas e os serviços de inteligência trabalham para acabar com as redes terroristas, o governo não pode parar cada pessoa, acrescentando que ainda assim se pode "fazer algo sobre a quantidade de danos".

"Infelizmente, a nossa esfera política conspirou de modo a permitir que um terrorista ou um indivíduo perturbado [...] possa comprar, legalmente, armas extraordinariamente poderosas", recordou.

Ele afirmou que os legisladores têm de "aprovar [uma legislação sobre] o controle de armas", acrescentando que o tom do debate partidário precisa mudar. "Aqueles que defendem o acesso fácil às armas deveriam se reunir e conversar com as famílias das vítimas", sustentou.

PV/lusa/afp