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História

Obama inaugura museu afro-americano em Washington

24 de setembro de 2016

Presidente dos EUA participa de cerimônia de abertura do primeiro museu nacional dedicado à história e à cultura negras, próximo à Casa Branca. Espaço pode ajudar a entender protestos no país, diz.

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o Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana, em Washington
Museu tem 400 metros quadrados e abriga 34 mil objetosFoto: DW/M. Strauß

O presidente dos EUA, Barack Obama, declarou aberto neste sábado (24/09) o Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana, em Washington.

O primeiro presidente negro do país, acompanhado da primeira-dama, Michelle Obama, cortou uma faixa e tocou um sino de uma igreja afro-americana histórica para inaugurar o espaço de 400 mil metros quadrados, diante de milhares de espectadores.

"Além da majestade do edifício, o que faz desta ocasião tão especial é a ampla história que ele contém", disse Obama na cerimônia, que contou com a presença de famosos como Stevie Wonder e Oprah Winfrey. "A história afro-americana não é separada de alguma maneira da nossa história americana como um todo [...] Ela é central para a história americana", declarou o presidente.

Barack Obama na abertura do Museu Nacional de História e Cultura Afro-Americana, em Washington
Obama: "A história afro-americana é central para a história americana"Foto: picture-alliance/dpa/M.B.Ceneta

O museu é o primeiro a documentar as desconfortáveis verdades da opressão sistemática do país aos negros. "É justamente a partir desse desconforto que aprendemos, crescemos e aproveitamos o nosso poder coletivo para tornar esta nação mais perfeita", disse Obama.

O museu abre num momento em que as tensões raciais estão elevadas no país, que vive uma onda de protestos após as mortes de homens negros pela polícia, em Charlotte, na Carolina do Norte, e em Tulsa, em Oklahoma.

Obama disse que o museu sozinho não pode resolver os problemas raciais no país, mas "fornece um contexto para o debate dos nossos tempos". "Talvez ele possa ajudar um visitante branco a entender a dor e a raiva dos manifestantes em locais como Ferguson e Charlotte."

A ideia do museu nasceu em 1915, quando veteranos da guerra civil americana buscavam uma maneira de homenagear a experiência dos afro-americanos no conflito. A construção foi finalmente aprovada numa lei assinada pelo ex-presidente George W. Bush em 2003. O prédio cor de cobre tem uma localização privilegiada, próxima à Casa Branca e ao Monumento de Washington, e abriga 34 mil objetos, tendo sido quase a metade deles doados.

LPF/ap/afp