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OMS alerta que vacina não significa fim da pandemia

5 de dezembro de 2020

Organização Mundial da Saúde diz que imunizantes são ferramenta poderosa contra o coronavírus, mas vitória contra covid-19 depende de decisões de líderes e de cidadãos.

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Diretor de emergências da OMS, MIchael Ryan (esq.), ao lado de Tedros Adhanom Ghebreyesus e Maria van Kerkhove
Diretor de emergências da OMS, MIchael Ryan (esq.), ao lado de Tedros Adhanom Ghebreyesus e Maria van KerkhoveFoto: picture-alliance/dpa/F. Coffrini

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta sexta-feira (04/12) que a vacinação contra a covid-19 não significa o fim da doença. Os imunizantes são, sem dúvida, uma ferramenta poderosa contra o coronavírus, mas não devem acabar com pandemia por si só, alertou o diretor de emergências da entidade, Michael Ryan.

"Vacinas não significam zero covid", disse. "Os casos e mortes continuarão, temos de ser claros sobre isso, mas os números estarão em grande parte em nossas mãos", esclareceu, ao pedir que as pessoas compreendam que nem todos poderão ser vacinados no próximo ano.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o progresso no desenvolvimento de vacinas "motiva a nós todos, já que podemos ver agora a luz no fim do túnel". "Entretanto", alertou, "a OMS se preocupa que possa haver uma crescente percepção de que a pandemia já acabou. Muitas regiões veem taxas muito altas de transmissão do vírus, o que gera enorme pressão sobre os hospitais, UTIs e profissionais de saúde".

"A pandemia ainda tem um longo caminho pela frente e as decisões tomadas pelos líderes e cidadãos nos próximos dias determinarão o curso do vírus no curto prazo e também quando essa pandemia deverá, enfim, terminar", observou Tedros. A diretora técnica da OMS, Maria Van Kerkhove, acrescentou que essas decisões "podem significar a vida ou a morte para nós e para nossas famílias".

Segundo dados da OMS, 51 vacinas candidatas estão sendo testadas em humanos, 13 das quais chegaram à fase final de testes em massa. No Reino Unido, autoridades de saúde afirmaram que o país deve iniciar as vacinações na próxima terça-feira.

Nesta sexta-feira, o mundo superou a marca de 65 milhões de pessoas infectadas desde o início da pandemia, com mais de 1,5 milhão de mortes.

RC/afp/efe