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Onda de frio na Europa mata ao menos 41 pessoas

28 de fevereiro de 2018

Temperaturas atingem mínimas históricas para final de fevereiro, e condições climáticas causam fechamento de escolas e aeroportos. Cidades ampliam abrigos para pessoas sem teto.

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Refugiados buscam abrigo em barracas às margens do rio Sena, em ParisFoto: Getty Images/J.Saget

As temperaturas quebraram recordes negativos para esta época do ano nos últimos dias na Europa. Entre sexta-feira e esta quarta-feira (28/02), a onda de frio siberiano matou pelo menos 41 pessoas no continente, principalmente pessoas sem teto. Escolas e aeroportos chegaram a ser fechados devido às condições climáticas.

A madrugada de segunda para terça-feira foi a mais fria do inverno na Alemanha. No sul da Baviera ou no norte de Hessen foram medidas temperaturas mínimas de até 17 graus negativos.

O frio rigoroso registrado nos últimos dias é incomum para o final de fevereiro, segundo o Serviço Meteorológico da Alemanha (DWD). No alto da montanha Zugspitze, no sul do país, os termômetros marcaram -30,5 graus, a menor temperatura já registrada para um fim de fevereiro.

Até o início meteorológico da primavera, nesta quinta-feira, o frio deve permanecer castigando a Alemanha, onde o inverno, até então, vinha sendo considerado suave. Em dezembro, janeiro e fevereiro, o DWD registrou um "inverno suave, chuvoso e ensolarado", com temperaturas médias de 1,6 grau – 1,4 grau acima do valor de referência internacionalmente válido no período de 1961 a 1990.

Onda de frio congela famosas fontes romanas

O frio intenso aumentou o perigo para pessoas que não têm teto. Várias cidades, incluindo Berlim e Roma, forneceram camas adicionais em abrigos de emergência e ampliaram o período de funcionamento desses lugares, que funcionam normalmente só no período noturno, também para o dia. A Cruz Vermelha enviou ajudantes e instou as pessoas a cuidarem de vizinhos e parentes idosos. Algumas cidades belgas pediram à polícia que detenha as pessoas sem-teto que se recusam a aceitar refúgio.

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Um homem caminha na neve na cidade de Skópie, capital da MacedôniaFoto: Getty Images/AFP/R. Atanasovski

Escolas foram fechadas no Kosovo, no oeste da Bósnia, na Albânia, assim como em regiões do Reino Unido, da Itália e de Portugal.

Desde sexta-feira, 18 pessoas morreram na Polônia, cinco só na madrugada de segunda para terça-feira, quando, em Varsóvia, a temperatura caiu para 16 graus negativos. Quatro pessoas congelaram até a morte na França, quatro na Eslováquia, seis na República Tcheca, cinco na Lituânia, duas na Romênia e uma na Itália.

Também o Mediterrâneo permaneceu inusitadamente invernal. A baía de Ajaccio, na Córsega, teve neve nesta terça-feira, e também a ilha italiana de Capri ficou com uma camada de neve.

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Neve na famosa Promenade des Anglais, na cidade costeira francesa de NiceFoto: Getty Images/AFP/V. Hache

Neve e gelo também levaram a obstruções no tráfego aéreo. Devido a uma nevasca na Inglaterra, a empresa aérea British Airways cancelou 60 voos no aeroporto londrino de Heathrow. Na Croácia, o serviço de trens entre Zagreb e Split foi interrompido. Na Romênia, três portos foram fechados no Mar Negro. O frio também causou o fechamento do aeroporto de Varna, na Bulgária.

Enquanto os europeus aumentam a utilização de seus aparelhos de aquecimento, a empresa russa de energia Gazprom registra consumo recorde de gás. Durante seis dias consecutivos, as exportações do grupo quebraram recordes, segundo a empresa.

MD/afp/efe/lusa

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