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Onda de terrorismo deixa Europa alarmada

(sv)23 de julho de 2005

Os atentados que deixaram mais de 80 mortos em Sharm el-Sheik, reduto de turistas europeus no Egito, provocam estado de alarme na UE. Londres continua sob tensão e bomba deixa feridos em Beirute.

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Ruínas do Hotel Ghazala Gardens após as explosõesFoto: AP

O premiê alemão, Gerhard Schröder, condenou os ataques terroristas que deixaram na madrugada deste sábado (23/07) mais de 70 feridos no Egito. Schröder afirmou que os atos "mostram o desdém pela vida humana" de seus mentores e salientou a necessidade de uma cooperação internacional mais acirrada, visando o desmantelamento de redes terroristas. Segundo o premiê, há turistas alemães entre os feridos.

Aussenminister Joschka Fischer
Joschka FischerFoto: AP

O ministro alemão das Relações Exteriores, Joschka Fischer, também condenou com veemência os atentados. Fischer acentuou que os terroristas pretendem desencadear uma onda de medo e horror, no lugar da convivência pacífica entre os povos. Também o presidente francês Jacques Chirac se solidarizou com o governo egípcio, afirmando que a França está disposta a combater com afinco o terrorismo.

Estrangeiros entre as vítimas

A embaixada alemã no país enviou ao balneário Sharm el-Sheik um equipe de quatro funcionários, que devem prestar auxílio aos mais de cem feridos. De acordo com o governo do Egito, a grande maioria das mais de 80 vítimas fatais é egípcia. Foram registradas oito mortes de estrangeiros, entre estes britânicos, holandeses e italianos.

Spezialbild: Anschlagserie in Scharm el Scheich - Ghazala Gardens Hotel
Hotel Ghazala Gardens em ruínasFoto: dpa

O balneário Sharm el-Sheik, localizado na ponta da península do Sinai, no Mar Vermelho, possui vários hotéis de luxo, sendo um reduto de turistas europeus e israelenses. Os hotéis mais atingidos foram o Ghazala Gardens, na baía Naama Bay, e um hotel que pertence à cadeia suíça Mövenpick. Bombas explodiram também nas proximidades de um café localizado na praça do Mercado Antigo de Sharm el-Sheik.

Papel da Al-Qaeda

Os atentados foram os mais violentos ocorridos no país desde 1997. Logo após as explosões, foi divulgado um documento pela internet, no qual a organização terrorista Al-Qaeda se responsabilizou pelo ocorrido. No entanto, ainda não se sabe ao certo se a organização está realmente por trás dos atentados.

EU-Kommissionspräsident Jose Manuel Durao Barroso
José Manuel Durão BarrosoFoto: AP

A Comissão Européia demonstrou a indignação dos países do bloco frente aos atentados. "Expresso meu horror aos últimos ataques e nossa total solidariedade com as vítimas desses atos covardes e suas famílias. E também com o presidente Mubarak e todo o povo egípcio", afirmou o presidente da Comissão, José Manuel Durão Barroso.

Explosão em Beirute

No centro de Beirute, uma explosão deixou doze feridos, de acordo com o governo libanês. Explosivos mantidos dentro de um carro estacionado em frente a um restaurante foram a causa do atentado, ocorrido numa região da cidade habitada por maioria cristã. A explosão ocorreu poucas horas depois que a Secretária de Estado norte-americana, Condeleezza Rice, havia deixado a capital libanesa, em viagem pelo Oriente Médio.

Investigações em Londres

Terroranschlag in London Attentäter
Imagem de suspeitos feita por câmera de vigilância em LondresFoto: dpa - Report

Em Londres, mais um suspeito de ter cometido atos terroristas foi detido pela polícia na madrugada deste sábado (23/07). Ainda não se sabe, porém, se ele esteve realmente envolvido nos últimos atentados que deixaram vítimas na capital britânica. Autoridades locais divulgaram fotos de quatro suspeitos, que haviam sido registrados por câmeras nos metros e ônibus da cidade antes dos atentados.