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Modelo de corrupção na Petrobras pode ter sido replicado

19 de agosto de 2015

Transparência Internacional investiga se modelo de corrupção envolvendo empresas e poder político foi adotado também em sete outros países da América Latina.

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Brasilien, Petrobras Schild
Foto: picture alliance/CITYPRESS 24

A Transparência Internacional (TI) anunciou nesta quarta-feira (19/08) que investigará possíveis replicações do modelo de corrupção na Petrobras em sete outros países da América Latina: Argentina, Chile, Guatemala, Panamá, Peru, República Dominicana e Venezuela.

Em comunicado, a TI indicou que as investigações que acontecem no Brasil evidenciaram os vínculos que existem entre grandes empreiteiras e o poder político – o que indica a possibilidade de réplicas desse modelo em outros países da região.

A Justiça brasileira investiga cerca de 50 políticos e vários empresários suspeitos de superfaturar contratos entre construtoras e a estatal brasileira e desviar esses recursos para políticos e partidos.

O escândalo ajudou a derrubar a popularidade do governo da presidente Dilma Rousseff para seus níveis mais baixos e provocou protestos de grande dimensão em todo o país, como os convocados no domingo em mais de 200 cidades.

Diversos setores

A organização anticorrupção cita como exemplo a Venezuela, onde quatro empresas investigadas no Brasil receberam mais de 30 contratos governamentais nos últimos anos – o que, segundo as investigações da TI, cria a suspeita de "caixa dois" e possível ingerência política.

As unidades da Transparência Internacional na Argentina, Chile, Guatemala, Panamá, Peru, República Dominicana e Venezuela requisitaram informações a seus respectivos governos sobre contratos celebrados com essas empresas. Serão realizadas investigações extensas, que vão desde os setores de transporte até o de infraestrutura de serviços básicos.

A ONG internacional ressalta que o escândalo na Petrobras é um dos maiores já regitrados na região, causando grande impacto na sociedade brasileira tanto pelo montante financeiro envolvido quanto pelo descrédito imposto ao setor político.

O diretor regional para as Américas da organização, Alejandro Salas, lembra que os sete países mencionados ratificaram a Convenção da ONU contra a Corrupção. A Transparência Internacional foi criada na Alemanha e tem sede em Berlim.

MP/efe