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Oposição lidera contagem parcial em Honduras

27 de novembro de 2017

Candidato da esquerda está na frente na disputa pela presidência do país, com cinco pontos de vantagem sobre atual chefe de Estado. Votação transcorreu em clima de normalidade, afirmam observadores internacionais.

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Salvador Nasralla vota em Tegucigalpa
Salvador Nasralla soma 855.847 votos, que representam 45,17%, com 57% das urnas apuradasFoto: picture-alliance/AP Photo/F. Antonio

O candidato à presidência de Honduras Salvador Nasralla, da Aliança de Oposição contra a Ditadura, tem vantagem de cinco pontos percentuais em relação ao presidente Juan Orlando Hernández, do governante Partido Nacional, no primeiro resultado oficial do Supremo Tribunal Eleitoral (TSE), divulgado nesta segunda-feira (27/11).

Com 57% das urnas apuradas, o presidente do TSE, David Matamoros, informou que Nasralla soma 855.847 votos, que representam 45,17% dos votos. Hernández, por sua vez, tem 761.872 votos, ou 40,21%, acrescentou o juiz, em meio à confusão pela demora na divulgação dos primeiros resultados parciais.

Tanto Hernández (conservador) como Nasralla (da esquerda) haviam se declarado vencedores da eleição já no domingo. Em Honduras não há segundo turno. A votação transcorreu com normalidade em todo o país, segundo observadores internacionais que acompanharam o pleito.

Em terceiro lugar aparece o candidato do Partido Liberal, Luis Zelaya, com 260.994 votos, ou 13,77%. O ex-reitor universitário de 50 anos não é parente do ex-presidente Manuel Zelaya, derrubado por um golpe de Estado em 2009.

Esta é a primeira vez desde 1980, quando o país retornou à democracia, depois de 20 anos de ditadura militar, que um chefe de Estado busca a reeleição nas urnas, possibilidade aberta depois de uma polêmica reforma eleitoral.

Considerado o país mais pobre do continente americano, Honduras, com cerca de 8,9 milhões de habitantes, enfrenta sérios problemas de desigualdade, insegurança e desemprego, apesar de avanços econômicos nos últimos quatro anos.

Os hondurenhos foram chamados às urnas para escolherem o presidente, três vice-presidentes, 128 deputados do Parlamento Nacional e 20 do Parlamento Centro-Americano (Parlacen), além de 298 autarcas.

A votação prolongou-se por uma hora além do previsto, devido à afluência de numerosos votantes em algumas assembleias de voto ou ao atraso na abertura das centrais de votação.

O escrutínio foi acompanhado por uma missão internacional de observadores, com a eurodeputada portuguesa Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, a chefiar a missão de observação eleitoral da União Europeia. O eurodeputado português José Inácio Faria, do Partido da Terra, liderou a missão de observação do Parlamento Europeu, unindo-se à equipe liderada por Matias.

As eleições em Honduras também foram acompanhadas por observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA), da União Interamericana de Organizações Eleitorais e por cerca de uma dezena de ex-presidentes da América Latina e Espanha.

AS/efe/lusa/dpa

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