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Opositor russo Alexei Navalny é preso em Moscou

25 de agosto de 2018

Político que desde 2011 tem se destacado como crítico do Kremlin convocou protestos contra reforma da Previdência promovida pelo governo Vladimir Putin.

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Russland |  Alexei Navalny in Moskau
Alexei Navalny já havia sido condenado em maio a 30 dias de prisão por convocar protestos “sem autorização”Foto: Reuters/File Photo/S. Karpukhin

O líder opositor russo Alexei Navalny foi detido neste sábado (25/08) em Moscou. Nas últimas semanas, Navalny tem organizado convocações para protestos contra os planos do governo para reformar a Previdência da Rússia. 

"Há duas horas, Navalny foi detido no portão de sua residência", escreveu a representante do político, Kira Yarmish, no Twitter.

A porta-voz acrescentou que os agentes apreenderam o telefone celular do líder opositor e "se recusam a revelar os motivos da detenção".

Em maio, Navalny foi condenado a 30 dias de prisão por ter organizado uma manifestação não autorizada contra a posse do presidente do país, Vladimir Putin, que foi reeleito para um novo mandato em março.

O protesto, sob o lema "Não é nosso czar!", em clara referência a Putin, aconteceu dois dias antes da posse do presidente e resultou na prisão de 1.500 pessoas em Moscou, São Petersburgo e em outras cidades do país.

Navalny também já tinha sido detido no final de janeiro em uma manifestação que pedia o boicote das eleições presidenciais deste ano e também em fevereiro.

Para o dia 9 de setembro, data das eleições municipais e regionais na Rússia, o opositor convocou outro protesto em dezenas de cidades contra a reforma da Previdência promovida pelo governo que, segundo pesquisas, tem rejeição de quase 90% da população.

Navalny, de 42 anos, se tornou conhecido na Rússia e no exterior a partir de 2011, quando passou a criticar o governo russo em seu blog. Nos anos seguintes, passou a organizar protestos contra Putin. Em 2013, se candidatou a prefeito de Moscou e conseguiu 27% dos votos, ficando apenas atrás de um apadrinhado de Putin.

Em 2016, ele anunciou que pretendia se candidatar  à Presidência nas eleições de 2018, mas seu registro foi negado pelas autoridades eleitorais.

JPS/efe/ots

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