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Os macacos e a arte pop

Marco Sanchez4 de maio de 2015

Exposição em Berlim investiga a presença dos macacos na cultura pop. "Ape Culture" apresenta trabalhos artísticos e documentos científicos que observam as relações entre seres humanos e outros primatas.

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Foto: 2015 STUDIOCANAL GmbH, Berlin

O que aproxima e distancia o ser humano dos outros primatas? Como o homem vê e representa seus parentes mais próximos do mundo animal? Partindo dessas questões, a exposição Ape Culture (Cultura do macaco, em tradução livre), em cartaz em Berlim, reúne obras cientificas e artísticas, além de performances e palestras.

Segundo os curadores Hila Peleg e Anselm Franke, desde a antiguidade os macacos são usados para refletir o comportamento humano em representações literárias e artísticas.

"A figura do macaco na arte, apesar de multifacetada, é sempre colocada à margem do comportamento humano. Ela foi usada de duas maneiras: para reforçar a ordem social humana através de degradação hierárquica ou para criticar a pretensa e hipócrita ordem social e revelar seus aspectos reprimidos, inconscientes e suas narrativas mitológicas", explica Peleg.

Artistas como Ines Doujak, Pierre Huyghe e Klaus Weber examinam de forma crítica a imagem de macacos sua relação com seres humanos através de diversos formatos, como o documentário etimológico, instalação, escultura, pintura e fotografia.

Multifacetada e marginal

A exposição está dividida em duas partes: trabalhos artísticos de um lado e documentos científicos, jornalísticos e textos da curadoria de outro.

Essa divisão é espacial, criando ambientes onde se pode aprender sobre os primatas, assim como as origens e a história da primatologia, a ciência que estuda a ordem dos primatas.

Além do material científico, jornalístico e artístico, a mostra também apresenta performances e palestras que aprofundam os temas discutidos por artistas, cientistas e primatologistas em obras e estudos.

Muita coisa em comum

O artista britânico Marcus Coates criou sua instalação Degreecoordinates em colaboração com o antropólogo Volker Sommer. As questões da instalação sobre a convergência de comportamento entre humanos e primatas são expostas em uma performance.

Em uma entrevista gravada com Sommer, o artista confronta questões levantadas em sua instalação. "Não devemos ter medo de admitir que temos muito em comum com os primatas e que constantemente imitamos seus comportamento", diz Coates durante a performance.

Ape Culture está em cartaz na Casa das Culturas do Mundo em Berlim até dia 6 julho.