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PAPA NA TURQUIA

2 de dezembro de 2006

O papa na Turquia, internet, imigração, música, biodiesel e o conflito entre os índios e a Aracruz foram os temas focados esta semana por nossos leitores. Opiniões bastante controversas. Confira aqui!

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Bento 16 com o patriarca Bartolomeu 1ºFoto: AP

A propósito da difícil missão que Bento 16 enfrenta ao ir à Turquia para visitar Bartolomeu 1º, algumas observações têm que ser feitas. Como lembrou o articulista John Berwick da DW, o papa não é um diplomata, mas um intelectual, um professor, habituado a discutir e a responder a qualquer pergunta.

Já em seu tempo como prefeito da Congregação da Fé, ele nunca deixou de tomar posições corajosas e antipáticas perante a opinião pública. Basta lembrar seu livro-entrevista com Messori (Rapporto sulla Fede, 1985), a declaração "Dominus Iesus" de 1999, etc. Ele nunca se furtou em afirmar publicamente o que é a Verdade da Igreja de Cristo. Naquela época, ele não estava sozinho. Havia João Paulo 2º com seu imenso carisma, que atenuava as posições de seu braço direito.
Fernando Antônio Batista de Almeida

O cristianismo se caracterizou por desafios e também pela obrigação de levar a mensagem de amor ao próximo, liberdade de expressão e paz a todos os homens. Assim o papa erudito leva o conhecimento e é porta-voz das minorias, dando esperança a um povo sofrido pela discriminação religiosa.
Helio Balestrin

Parabéns ao papa pela coragem de enfrentar uma viagem tão complicada como esta. Não resta dúvida de que ele se esforça para que haja um diálogo civilizado entre os líderes religiosos. Resta-nos torcer para que a objetividade vença o fanatismo.
Ana M. Cardoso

ENCICLOPÉDIAS TRADICIONAIS E VIRTUAIS

Cresci com uma enciclopédia. Foi o presente que minha tia me deu quando eu era criança. Lembro-me das horas que passava folheando os livros atrás daquela foto ou história que me marcou a leitura. Gostava muito, como até hoje, da história antiga das civilizações.

Não era nenhuma enciclopédia famosa de grande porte, mas era a minha companhia e "mundo". Naquele tempo não havia internet, e a minha enciclopédia era a janela pela qual eu aprendia e "ver e imaginar" o mundo que eu queria conhecer. Bons tempos aqueles. Fui feliz com a minha enciclopédia.
Miguel Duarte

Quanto à confiabilidade da Wikipédia, tenho a dizer que a consulto sempre. Algumas vezes, quando a definição me parece não convencional ou suspeita, checo em outras fontes. Na média, ou acima da média de minhas consultas, posso dizer que estou satisfeito com a Wikipédia e com as definições.
José Carlos

VIDEOGAMES VIOLENTOS

Eu acredito que coisas assim só podem acontecer com pessoas de mente fraca, ou enfraquecida por uma série de fatores. Ao que me lembro, quando eu nasci já tinha um videogame me esperando, e sempre joguei os mais variados títulos e consoles, inclusive jogos considerados violentos. Mas, apesar disso, não me lembro de na vida real querer imitar os jogos ou qualquer coisa parecida.
Henrique Vital Leme

Brinquei muito de videogame dos mais variados tipos, inclusive os violentos, e nunca me passou pela cabeça que alguém pudesse confundir a realidade com o mundo virtual. Para isso, creio, é preciso que realmente a pessoa já tenha uma deficiência mental muito forte.
Antônio Pessoa

MÚSICA COMERCIAL E MANIPULAÇÃO

Música comercial carrega em sua própria essência o que se destina a ser – produto de venda – seja ela criativa ou não. A manipulação das massas permeia não só a música, mas todo o entretenimento contemporâneo. A criatividade humana é incontestável.

Portanto, acho a complexidade do tema imensa, e é bem possivel que já esteja, afinal, resolvida: por que então grupos, corporações e artistas comerciais estariam envolvidos na busca feroz de uma solução para a internet? É, a liberdade – crítica ou não – sempre perturbará!
Mario

REGRAS PARA IMIGRAÇÃO

Por enquanto está de bom tamanho o que ficou decidido sobre as medidas a serem implementadas para ajudar e conter a imigração desenfreada que ora acontece. O que se tem a fazer é pôr o mais rápido possível em prática essas medidas, e que sejam avaliadas por quem as tenha elaborado e no correr do tempo serem aperfeiçoadas de acordo com as necessidades que irão surgir com certeza. Parabenizo novamente todos os que participam desta iniciativa de ajuda aos menos favorecidos.
Maria Aparecida Neubaner Luiz

MEDIDAS CONTRA O TERRORISMO

Eu fico cada vez mais com o tamanho da estupidez humana. Não adianta ficar discutindo conseqüências, é preciso ir às causas. Só que, para isso, é preciso que o Ocidente (Israel, Estados Unidos e países lacaios) admita que é o grande terrorista do mundo. Deixem de roubar as riquezas dos países pobres, parem com essa hipocrisia de chamar seus habitantes de terroristas ou insurgentes (essa é boa!) e conquistem suas amizades com inteligência e grandeza. O resto é dialética do Ocidente e sua mídia.
Zeno José Otto

BIODIESEL BRASIL

Somente conseguiremos evitar os erros do pró-álcool se encararmos com seriedade toda a cadeia produtiva do biodiesel dentro de uma lógica de desenvolvimento sustentável, que permita desenvolver uma economia integrada de interesses nacionais e internacionais dentro de um modelo que defendi no 4º Fórum Brasil-Alemanha sobre biodiesel, ocorrido em março de 2006 em Araçatuba e organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Alemanha
Wagner Deocleciano Ribeiro

TURQUIA E UNIÃO EUROPÉIA
Não questiono o fato de o norte do Chipre ter direito à independência, mas como pode a Turquia querer zelar por essa minoria no Chipre, se dentro da própria Turquia as minorias não têm direito a nada?! Veja o exemplo do Curdistão turco ...
Marcos

CONFLITO ENTRE ÍNDIOS E ARACRUZ

É um absurdo as reinvindicações dos índios, bem como o fato de se pensar em "devolver" as terras, pois não vivemos mais no século 16. A Aracruz é uma empresa de sólida reputação e reconhecida preocupação social. Índios que já foram incluídos digitalmente, através do uso da internet, perdem seu status de índios, pois já podem ser considerados cidadãos do mundo, e não são mais limitados em recursos para isso.

Pensar que um dia os índios, com a posse das terras, irão desenvolver uma vegetação nativa é um enorme engano, já que existem meios bem mais eficientes de se viver com terras no Brasil de hoje, e eles não abdicarão dessas facilidades, como é o caso de várias tribos no norte do País.
Rodrigo Garbelotti Barsotti

Antes de mais nada, parabéns à Deutsche Welle por trazer à tona essa questão entre a Aracruz e os índios, pois nenhuma outra mídia, seja jornal, rádio ou tevê, no Brasil comentou a respeito desse caso. Tinha que ser mesmo a atitude alemã, no caso das ONGs, para defender o que o povo brasileiro despreza. Assim, é revoltante saber que como é que uma empresa do porte como a Aracruz celulose teima em querer ser dona da terra? Não adianta gastar milhões com propagandas que fazem a empresa parecer politicamente correta.

É sabido que existem muitas terras que não estão em mãos de índios e que poderiam ser negociadas com esta empresa. Mas acho que os fazendeiros e proprietários de terras improdutivas seriam um osso duro de roer para os acionistas da Aracruz. Claro, arrastar os índios para fora das terras deles, com a repressão policial, fica muito mais fácil.

No Brasil, existe uma discrepância em relação ao que é "índio" ou "não índio", a que a tal cartilha da Aracruz refere-se como "aculturados" – ora, como se os índios não tivessem cultura alguma! É um absurdo, então o índio só é índio se andar de tanga, disser "uga-uga" e dançar a dança da chuva o dia inteiro. Convenhamos, já é hora de o verdadeiro habitante dessas terras ter o que merece: respeito por parte do povo brasileiro.

Tanto o negro quanto o índio têm todos os direitos que lhes são devidos, pois ambos foram escravizados e tirados de suas terras de fato. Porém, parece que apenas os negros conseguiram se politizar e criar lobbies políticos, e até há um feriado em homenagem ao povo negro. Muito justo. Entretanto, o Dia do Índio, 19 de abril, não poderia ficar atrás, e deveria ser decretado feriado também. Infelizmente o Brasil é o país do "ao contrário", e acho que a balança penderá para o lado do mais fraco.
Kleber Oliveira Junior