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ReligiãoUcrânia

Papa pede "ajuda" a ucranianos e "luz" a russos na Páscoa

9 de abril de 2023

Recuperado após internação por bronquite, Francisco conduziu missa do Domingo de Páscoa no Vaticano. Ele também expressou preocupação com aumento de tensões entre israelenses e palestinos.

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Papa acenando em meio a diversas pessoas
Papa acena para fiéis após a missa de Páscoa no VaticanoFoto: Alessandra Tarantino/AP/dp

A guerra na Ucrânia voltou a ser foco neste Domingo de Páscoa da mensagem do papa Francisco, que em sua bênção Urbi et Orbi pediu "ajuda ao amado povo ucraniano" e "luz" sobre o povo russo. Ele também se mostrou "preocupado" com a escalada da violência entre Israel e Palestina.

"Abra os corações de toda a comunidade internacional para trabalhar pelo fim desta guerra e de todos os conflitos que mancham o mundo de sangue, a começar pela Síria, que ainda espera pela paz", disse o papa a cerca de 100 mil fiéis reunidos em torno da Basílica de São Pedro, na Praça de São Pedro, segundo dados do Vaticano.

Francisco, que teve alta hospitalar na semana passada após uma internação por bronquite, compartilhou sua mensagem após a missa do Domingo de Páscoa da sacada da loggia central da Basílica de São Pedro.

Como no ano passado, o papa pediu o fim da guerra na Ucrânia uma semana depois de ter rogado por uma "trégua de Páscoa" em seu discurso no Domingo de Ramos, algo que não foi alcançado.

"Ajude o amado povo ucraniano no caminho até a paz e infunda a luz da Páscoa sobre o povo russo. Conforte os feridos e aqueles que perderam seus entes queridos na guerra e faça com que os prisioneiros possam voltar sãos e salvos para suas famílias", disse o papa.

Na Via Crucis de sexta-feira, à qual o papa não foi para se proteger do clima frio, o Vaticano incluiu uma mensagem escrita por um jovem ucraniano e outra de um russo em uma das 14 estações do percurso.

O ucraniano recordou o exílio da família e o recrutamento do pai, enquanto o russo mencionou um "sentimento de culpa" e lamentou a perda do irmão, morto em batalha, embora o gesto tenha sido contestado pela embaixada da Ucrânia perante a Santa Sé por "igualar" os dois países.

Preocupação com Israel e Palestina

Em seguida, Francisco citou sua preocupação com a escalada do conflito no Oriente Médio após a escalada de violência nos últimos dias.

"Neste dia, confiamos a ti, Senhor, a cidade de Jerusalém, primeira testemunha da tua ressurreição. Expresso a minha profunda preocupação pelos ataques dos últimos dias, que ameaçam o desejado clima de confiança e respeito recíproco, necessário para retomar o diálogo entre israelenses e palestinos, para que a paz reine na Cidade Santa e em toda a região", disse Francisco.

Além disso, dedicou algumas palavras às vítimas dos terremotos de fevereiro na Turquia e na Síria, onde morreram mais de 55 mil pessoas, principalmente na região do Curdistão.

Líbia, Tunísia, Haiti, Etiópia, Sudão do Sul, República do Congo, Eritreia, Burkina Faso, Mali, Moçambique e Nigéria também figuraram no seu discurso.

O pontífice só fez referência à América Latina quando pediu pelas "comunidades cristãs que celebram a Páscoa em circunstâncias particulares, como na Nicarágua”.

"Conforte os refugiados, deportados, presos políticos e imigrantes, especialmente os mais vulneráveis, bem como todos aqueles que sofrem com a fome, a pobreza e os efeitos nocivos do narcotráfico, do tráfico de pessoas e de todas as formas de escravidão", afirmou, antes de conceder a indulgência plenária aos presentes.

bl (Efe, Lusa)