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Parlamento grego aprova novo pacote de austeridade

19 de maio de 2017

Apesar de protestos da população, governo da Grécia dá aval a medidas impostas por credores internacionais em troca de empréstimo de 7,5 bilhões de euros. Atenas espera acelerar negociações sobre termos da dívida.

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Manifestantes protestaram em frente ao Parlamento em Atenas contra austeridade
Manifestantes protestaram em frente ao Parlamento contra austeridadeFoto: Getty Images/M. Bicanski

O governo da Grécia garantiu nesta quinta-feira (18/05) apoio parlamentar a um novo pacote de medidas de austeridade impostas por credores internacionais em troca de um empréstimo. A legislação foi apoiada por todos os 153 deputados da coalizão que sustenta o governo de esquerda do primeiro-ministro Alexis Tsipras. Todos os 128 deputados da oposição presentes à sessão votaram contra.

A aprovação era fundamental para que os credores internacionais – basicamente o Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional (FMI) – liberassem uma nova parcela de empréstimo, de 7,5 bilhões de euros, sem a qual o governo grego não conseguirá pagar obrigações relacionadas a dívidas antigas e que vencem em julho.

Ao mesmo tempo, o governo grego espera acelerar negociações com os credores para atenuar os termos de quitação de suas dívidas. A intenção é concluir as negociações na próxima semana, num encontro de ministros das Finanças da União Europeia (UE).

"Esperamos e merecemos uma decisão no encontro de segunda-feira que ajuste a dívida pública grega aos sacrifícios do povo grego", disse Tsipras. Em princípio, os credores concordaram com uma reestruturação da dívida, mas detalhes ainda não foram acertados.

As medidas aprovadas representam uma economia de cerca de 4,9 bilhões de euros e serão implementadas até 2020, um ano depois do mandato de Tsipras. Elas incluem a redução do valor a partir do qual é cobrado imposto de renda e novos cortes nas aposentadorias.

Antes da votação, cerca de 15 mil pessoas protestaram pacificamente contra as medidas em frente ao Parlamento. Foi o segundo dia consecutivo de protestos convocados por sindicatos.

Manifestantes mascarados jogavam coquetéis molotov em policiais que faziam a segurança do Parlamento. A polícia respondeu com gás lacrimogêneo. Três pessoas foram detidas.

AS/ap/rtr