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Eleição na Turquia

22 de julho de 2007

Liderado pelo primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan, pró-europeu, AKP garante maioria folgada no Parlamento turco. União Européia cobra intensificação do processo de reformas após a eleição parlamentar antecipada.

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Pleito foi considerado decisivo para as relações UE-TurquiaFoto: AP

Após a disputa de poder envolvendo a escolha indireta de um novo chefe de Estado, o partido primeiro-ministro Recep Tayyip Erdogan venceu com ampla vantagem (47% a 50% dos votos) as eleições parlamentares deste domingo (22/07) na Turquia.

Parlamentswahlen in der Türkei
Erdogan, acompanhado da esposa Emine, após votar em IstambulFoto: AP

De acordo com projeções divulgadas pela emissora de televisão CNN Türk, o governista Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP), de tendência conservadora islâmica, deverá ficar com 330 das 550 cadeiras no Parlamento em Ancara.

O centro-esquerdista Partido Republicano Popular (CHP), de oposição, teria obtido 18% dos votos, seguido pelo nacionalista Partido do Caminho Nacional (MHP), com 16%.

Com isso, o CHP ficaria com cerca de 100 cadeiras, e o MHP, com mais de 80 cadeiras no Parlamento. Além disso, cerca de 30 candidatos independentes teriam sido eleitos, a maioria deles do Partido Socialista Democrata, pró-curdo.

Diante da polarização entre candidatos de tendência religiosa e outros de tendência secular-laicista, a eleição antecipada em quatro meses foi considerada um termômetro para o futuro político do país. Erdogan foi acusado de querer torpedear a tradicional separação entre Igreja e Estado na Turquia, o que ele nega.

Eleição presidencial

Uma das primeiras tarefas do novo Parlamento será escolher o sucessor de Ahmet Necdet Sezer, presidente interino do país desde maio passado. A eleição indireta do presidente turco depende de um quórum de no mínimo dois terços dos deputados.

A eleição também foi considerada decisiva para o futuro das relações do país com a União Européia. O comissário de Ampliação da UE, Olli Rehn, disse esperar que "a Turquia, após as eleições parlamentares, intensifique seu processo de reformas e continue no caminho em direção à União Européia".

Ao contrário da posição pró-européia do AKP, o CHP e o MHP mostram-se céticos em relação à UE e chegam a rejeitar uma integração ao bloco. (dpa/gh)