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Pelo menos 20 estados têm atos pró-Dilma

18 de março de 2016

Maior concentração é na Avenida Paulista, onde ex-presidente Lula é esperado. Organizadores dizem querer afastar "possibilidade de golpe" e demonstrar apoio às políticas sociais do governo.

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Foto: DW/M. Estarque

Pelo menos 20 estados realizam nesta sexta-feira (18/03) manifestações em apoio à presidente Dilma Rousseff, com a maior concentração na Avenida Paulista, em São Paulo, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é esperado.

Com bandeiras e cartazes eles ocupam o vão-livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Três carros de som estão nas proximidades, aguardando o início do evento. O tráfego de veículos já está interrompido em parte da Paulista. Ainda não há estimativa oficial do número de manifestantes.

A Paulista amanheceu, pelo segundo dia seguido, bloqueada por manifestantes anti-Dilma. A Tropa de Choque da PM usou bombas de gás e caminhão com canhão de água para retirar os manifestantes, que se dirigiram para outra avenida da cidade, onde acabaram se dispersando.

Uma comissão formada pelos presidentes do PT de São Paulo e da CUT, além do coordenador da Central de Movimentos Populares (CMP), se reuniu com o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Alexandre de Moraes, e pediu que o governo do estado adotasse as mesmas medidas tomadas em relação ao protesto pró-impeachment de domingo.

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Cartaz de protesto na Avenida Paulista: um discursos mais ouvidos é de oposição ao "golpe"Foto: DW/M. Estarque

O governador paulista Geraldo Alckmin, que não permitiu que os manifestantes pró-governo saíssem às ruas no último domingo, teria oferecido tratamento diferenciado para os protestos contra Dilma e Lula. De acordo com informações do jornal Folha de São Paulo, integrantes do governo Alckmin teriam admitido nos bastidores haver "dois pesos, duas medidas" em relação às manifestações.

Manifestações pró-governo estão marcadas em mais de 30 cidades do país para esta sexta-feira, numa tentativa de demonstrar força após os protestos contrários do último domingo. As manifestações estão sendo organizadas pelo PT e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), além da Frente Brasil Popular, que reúne mais de 60 organizações.

"Temos um grande desafio: chegar às ruas em todo o país, no dia 18, na sexta-feira, em defesa da democracia, dos presidentes Lula e Dilma, contra o golpe e por mudanças na economia", afirmou o presidente do PT, Rui Falcão, ao convocar a militância do partido.

Em comunicado, os organizadores do ato pró-governo dizem que querem afastar a possibilidade de um golpe de Estado e demonstrar apoio às políticas sociais de Dilma. O PT confirmou a presença do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva na manifestação em São Paulo, marcada para as 16h (hora local).