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Pequim instala mísseis no Mar da China Meridional

3 de maio de 2018

Emissora americana afirma que China instalou sistemas de foguetes terra-ar e antinavio em águas disputadas. EUA e países vizinhos acusam governo chinês de militarização.

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Imagem aérea de instalações chinesas no recife de Fiery Cross, que faz parte das Ilhas Spratly, no Mar da China Meridional Foto: picture alliance/AP Photo

A China instalou sistemas de defesa contra mísseis em ilhas artificiais no Mar da China Meridional nos últimos 30 dias, informou a emissora americana CBNC nesta quarta-feira (02/05) com base em informações da inteligência dos EUA.

Leia mais: A crescente tensão no Mar da China Meridional

De acordo com a emissora, os sistemas de mísseis terra-ar e antinavio foram instalados nos recifes artificiais de Fiery Cross, Subi e Mischief, ao oeste das Filipinas. Os recifes pertencem às Ilhas Spratly e estão localizados em águas estrategicamente importantes – tanto geopoliticamente como para o transporte marítimo.

Os Estados Unidos e os países vizinhos da China acusam Pequim de crescente militarização da região. Há pouco tempo, militares da China já haviam instalado equipamentos de interferência de comunicação de rádio no Mar da China Meridional.

Os recém-instalados mísseis de cruzeiro podem atingir navios a mais de 500 quilômetros de distância, informou a CBNC. Já os mísseis terra-ar teriam um alcance de aproximadamente 300 quilômetros.

A China não confirmou a notícia, mas reafirmou que suas instalações militares nas Ilhas Spratly são puramente defensivas e que pode fazer o que bem entender em seu próprio território.

A militarização de ilhas no Mar da China Meridional é um desafio para a Marinha dos Estados Unidos, que está envolvida em operações demonstrativas por "liberdade de navegação" nas águas disputadas.

O Mar da China Meridional está localizado entre a China, o Vietnã, a Malásia e as Filipinas. Pequim reivindica 80% dos 3,5 milhões de quilômetros quadrados da área rica em recursos naturais e pela qual passam importantes rotas de navegação mercantil. No entanto, Malásia, Taiwan, Vietnã, Filipinas e o sultanato de Brunei também reivindicam direitos sobre as águas. 

O Tribunal Permanente de Arbitragem de Haia rejeitou as reivindicações territoriais de Pequim em 2016. Porém, a China ignora o veredicto e reforça suas alegações com a expansão militar nas ilhas.

PV/dpa/rtr

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