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Pesquisa coloca AfD como segunda maior força na Alemanha

21 de setembro de 2018

Partido populista alcança 18% e ultrapassa social-democratas na preferência do eleitorado alemão, segundo levantamento da emissora ARD. CDU e CSU, de Merkel e Seehofer, caem para 28%.

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Foto: picture-alliance/dpa/C. Gateau

O partido populista de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) chegou a 18% das intenções de voto na pesquisa Deutschlandtrend, encomendada pela emissora ARD ao instituto Infratest Dinap e divulgada nesta sexta-feira (21/09).

A AfD subiu dois pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, de 6 de setembro. Esse é o melhor percentual já alcançado pela AfD, que pela primeira vez aparece como segunda maior força partidária da Alemanha numa pesquisa.

Infografik Deutschlandtrend Sonntagsfrage PT

A União Democrata Cristã (CDU) e a União Social Cristã (CSU), liderados respectivamente pela chanceler federal Angela Merkel e pelo ministro do Interior, Horst Seehofer, caíram um ponto percentual e estão agora com 28%.

Esse é o pior resultado da união entre CDU e CSU desde que a pesquisa começou a ser feita, em novembro de 1997.

O terceiro partido da coalizão de governo, o Partido Social-Democrata (SPD), também caiu um ponto percentual, para 17%.

O Partido Verde alcançou 15% na pesquisa, alta de um ponto percentual, e o Partido Liberal (FDP) chegou a 9%, também alta de um ponto. A Esquerda manteve o percentual anterior, de 10%.

A pesquisa ouviu 1.035 eleitores em toda a Alemanha, por meio de entrevistas telefônicas, entre segunda e quarta-feiras.

A pesquisa é divulgada em meio a uma nova crise na coalizão entre CDU, CSU e SPD, que teve origem nas declarações do chefe do serviço secreto, Hans-Georg Maassen, sobre as recentes manifestações de extrema direita na cidade de Chemnitz.

Maassen contradisse a chanceler federal e colocou em dúvida se de fato houveram perseguições a pessoas de aparência estrangeira durante as manifestações, apesar de vídeos na redes sociais que mostram o contrário.

O SPD pressionou pela demissão de Maassen, o que acabou acontecendo nesta terça-feira. Porém, Seehofer o chamou para o seu ministério, no cargo de vice-ministro da Segurança. Vários membros do SPD criticaram a decisão e colocaram a presidente do partido, Andrea Nahles, sob pressão por ter aceitado o acerto.

A pesquisa da Infratest Dinap mostrou que a aprovação do trabalho de Seehofer despencou. Apenas 28% dos entrevistados consideram que ele é um bom nome para ocupar o cargo, ante 39% em abril. Outros 59% disseram que ele não é uma boa escolha para ser ministro do Interior.

AS/ard

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