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PF prende ex-senador e mira OAS na 28ª fase da Lava Jato

12 de abril de 2016

Denominada Vitória de Pirro, nova etapa cumpre 21 mandados judiciais em São Paulo, Rio e no Distrito Federal. Operação prende ex-senador petebista Gim Argello e vasculha escritório da empreiteira OAS.

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Ex-senador Gim Argello, do PTBFoto: CC-by-NC-flicker/Senado Federal

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira (12/04) a 28ª fase da Operação Lava Jato, com o cumprimento de 21 mandados judiciais em Brasília, no Rio de Janeiro, em Taguatinga (DF) e em São Paulo. O ex-senador Gim Argello (PTB-DF) foi detido preventivamente na operação.

Em nota, a PF informou que a nova fase da Lava Jato investiga indícios de que um integrante da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras no Senado e também da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da estatal teria atuado de forma incisiva para evitar a convocação de empreiteiros para prestar depoimento, mediante a cobrança de pagamentos indevidos travestidos de doações eleitorais oficiais em favor dos partidos de sua base de sustentação. A Comissão, ativa em 2014, tinha Argello como vice-presidente.

Além da prisão preventiva de Argello, essa 28º fase da Lava Jato cumpre mais dois mandados de prisão temporária (contra assessores de Argello), quatro de condução coercitiva e 14 ordens judiciais de busca e apreensão, uma delas num escritório da construtora OAS, em São Paulo, e outra no escritório da Invepar, concessionária gestora do Aeroporto Internacional de Guarulhos e do metrô do Rio de Janeiro.

A nova fase da Operação Lava Jato foi denominada Vitória de Pirro, em alusão a uma expressão militar utilizada para se referir a uma vitória obtida a muito custo e atrelada a prejuízos irreparáveis. O nome vem do rei grego Pirro de Épiro, cujo exército sofreu perdas irreparáveis após derrotar os romanos durante a Guerra Pírrica (280 a.C. – 275 a.C.).

Sobre o nome da operação, a Polícia Federal assumiu que o objetivo é enviar uma mensagem de que a verdade será descoberta: "A atuação criminosa dos investigados, no sentido de impedir o sucesso da apuração dos fatos na CPI/Senado e CPMI/Congresso Nacional, mostrou-se inútil face aos resultados das investigações realizadas no âmbito da Operação Lava Jato", segundo a PF.

PV/rtr/lusa/abr