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PIB cresce 0,2% no segundo trimestre

1 de setembro de 2017

Após avançar 1% nos três primeiros meses do ano e interromper dois anos de retração, economia brasileira registra leve alta. Consumo das famílias volta a crescer após nove trimestres.

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trabalhador em fábrica
Em comparação com 2º trimestre de 2016, a indústria apresentou queda de 2,1%Foto: picture-alliance/ dpa

O Produto Interno Bruto (PIB) avançou 0,2% na comparação do segundo com o primeiro trimestre de 2017, divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (1º/09). No primeiro trimestre, a economia havia avançado 1%, após oito trimestres consecutivos de retração.

Em relação ao mesmo período do ano anterior, houve variação positiva de 0,3% no segundo trimestre de 2017. Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2017 alcançou 1,639 trilhão de reais. 

Apesar da alta registrada nos últimos dois trimestres, o PIB fecha os primeiros seis meses do ano com "variação nula" em relação ao primeiro semestre de 2016. Além disso, o PIB acumulado nos quatro últimos trimestres continua negativo em 1,4% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

Na comparação entre os dois trimestres deste ano, a agropecuária registrou variação nula (0,0%), a indústria caiu 0,5% e os serviços cresceram 0,6%. Na indústria, houve queda de 2% na construção e de 1,3% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana. A extrativa mineral variou 0,4% e a indústria de transformação se manteve praticamente estável (0,1%).

Já os serviços tiveram resultado positivo: comércio (1,9%), atividades imobiliárias e outros serviços (0,8%) e atividade de transporte, armazenagem e correio (0,6%). Os serviços de informação caíram 2% e as atividades de administração, saúde e educação pública (-0,3%) e de intermediação financeira e seguros (-0,2%) registraram variações negativas.

Agropecuária cresce; indústria recua 

Em relação ao segundo trimestre de 2016, a agropecuária cresceu 14,9%. Este resultado pode ser explicado, principalmente, pelo desempenho de alguns produtos que possuem safra relevante no segundo trimestre e pela produtividade, conforme o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de agosto. 

Com exceção do café, que apresentou queda de 7,0% na estimativa de produção anual, as demais culturas apontaram crescimento na estimativa de produção anual e ganho de produtividade: milho (56,1%), soja (19,7%) e arroz (16,3%).
A indústria sofreu queda de 2,1%.

Nesse contexto, a indústria de transformação caiu 1,0%, influenciada, principalmente, pelo decréscimo na produção de equipamentos de transporte (exceto veículos automotivos), de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, de produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, e de alimentos e bebidas.

Já a extrativa mineral se expandiu em 5,9%, puxada pelo crescimento da extração de petróleo e gás natural e de minérios ferrosos. A atividade de eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana, por sua vez, registrou variação negativa de 0,5%.

O valor adicionado de serviços teve variação negativa de 0,3%, com destaque para a contração de 2,5% dos serviços de informação e o recuo de 2,1% de intermediação financeira e seguros. Também apresentaram quedas as atividades de administração, saúde e educação pública (-1,3%) e transporte, armazenagem e correio (-0,5%).

Consumo e investimento

Após nove trimestres consecutivos de queda, o consumo das famílias voltou a apresentar resultado positivo no segundo trimestre: crescimento de 1,4% em relação ao período anterior. Em relação ao segundo trimestre de 2016, a alta foi de 0,7%, também a primeira após nove trimestres.

O resultado foi influenciado pela evolução de alguns indicadores macroeconômicos ao longo do trimestre, como a desaceleração da inflação, a redução da taxa básica de juros e o crescimento, em termos reais, da massa salarial.

A taxa de investimento no segundo trimestre de 2017 foi de 15,5% do PIB, abaixo do observado no mesmo período do ano anterior (16,7%). A taxa de poupança foi de 15,8% no segundo trimestre de 2017 (ante 15,6% no mesmo período de 2016).

PV/abr/ibge/ots