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CriminalidadeAlemanha

Polícia alemã prende suspeito de canibalismo

20 de novembro de 2020

Investigadores acham facas e serras com vestígio de sangue no apartamento do suposto criminoso. Ossos da vítima, desaparecida em setembro, foram encontrados em parque de Berlim.

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"Polizei" escrito nas costas de uniforme policial azul escuro
Segundo polícia alemã, exames confirmaram que ossos são de homem que marcara encontro com suspeito pela internetFoto: Friso Gentsch/dpa/picture alliance

A polícia alemã prendeu um homem de 41 anos sob suspeita de canibalismo, depois de ter encontrado ossos humanos desprovidos de carne num parque de Berlim. Promotores disseram nesta sexta-feira na capital alemã que estão "investigando a toda velocidade para lançar luz sobre o homicídio sexual com suspeita de canibalismo". O suposto criminoso foi preso nesta quarta-feira.

A polícia não revelou o nome do suspeito, mas o tabloide Bild o identificou como Stefan R., professor de matemática e química de uma escola de ensino médio. A vítima, Stefan T., de 44 anos, estava desaparecida após deixar seu apartamento pouco antes da meia-noite no começo de setembro. Em outubro, a polícia estava à procura de quem pudesse ter tido contato com ele através de uma plataforma de namoro e relacionamento.

Ossos da vítima

Os ossos foram encontrados em 8 de novembro por transeuntes, num parque no bairro de Pankow, no norte da cidade. A análise forense atestou tratar-se dos restos mortais de Stefan T.

Outras investigações, usando inclusive cães farejadores, levaram ao suspeito de 41 anos, segundo a polícia. "Com base nos ossos encontrados, que foram completamente despojados de carne, e outras evidências, suspeitamos fortemente que Stefan T. foi vítima de um canibal", disse um policial ao Bild.

Os investigadores teriam encontrado uma grande geladeira no porão do suspeito, que estava vazia. A polícia encontrou indícios de que o suspeito fazia pesquisas sobre canibalismo na internet. Em seu apartamento encontraram-se ferramentas como facas e serras com vestígios de sangue.

Também foram achados indícios e que a vítima e o suspeito participavam de uma plataforma online onde haviam combinado um encontro, segundo o Bild. Investigadores afirmaram não acreditar que tenha havido consentimento da vítima para o presumível ato de canibalismo.

Outros casos

O caso lembra o de Detlev Günzel, um ex-policial alemão condenado a oito anos e meio de prisão por assassinar um homem que conheceu num site de fetichistas de canibalismo e esquartejá-lo numa câmara de sadomasoquismo.

Günzel, de 58 anos, cortou o corpo em pequenos pedaços numa espécie de abatedouro que construiu em seu porão, antes de enterrá-los em seu jardim. Não havia evidências de que tenha comido qualquer parte da vítima.

Em outro caso, ocorrido em 2001, que chocou a Alemanha, Armin Meiwes, apelidado de "canibal de Rotenburg", foi condenado à prisão perpétua. O técnico de informática, castrou um outro homem, com consentimento dele, assassinou-o com uma punhalada do pescoço e comeu sua carne. Os dois haviam se conhecido pela internet. O corpo do engenheiro de Berlim foi cortado em pedaços e congelado, para ser consumido aos poucos. O ato, que durou mais de quatro horas, foi filmado em vídeo e posteriormente apresentado em tribunal.

MD/ap/afp