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Polícia detém suspeito de envio de bombas nos EUA

26 de outubro de 2018

Apoiador fervoroso de Trump, suspeito detido na Flórida tem 56 anos e passagens pela polícia, inclusive por ameaça de ataque a bomba. Pacotes explosivos foram enviados a vários democratas e à CNN.

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Suspeito do envio de pacotes explosivos foi preso em ação da polícia na Flórida
Suspeito do envio de pacotes explosivos foi preso em ação da polícia na FlóridaFoto: picture-alliance/abaca/C.M. Guerrero

As autoridades dos Estados Unidos prenderam nesta sexta-feira (26/10) na cidade de Plantation, na Flórida, um suspeito de estar envolvido no envio de 13 pacotes-bomba a políticos democratas, como o ex-presidente Barack Obama e Hillary Clinton, e críticos do atual presidente americano Donald Trump.

O detido foi identificado com Cesar Sayoc, de 56 anos, morador da cidade de Aventura, na Flórida. Segundo o seu perfil no site Linkedin e em outras redes sociais, ele se dedicava à indústria do entretenimento e se dizia Republicano. Sayoc nasceu em Nova York e estudou na Carolina do Norte antes de se mudar para um subúrbio de Miami no fim dos anos 1980.

De acordo com a agência de notícias AP, Sayoc é um fervoroso apoiador de Trump e tem várias passagem pela polícia, inclusive por ameaça de ataque a bomba em 2002. Ele já enfrentou acusações de posse ilegal de anabolizantes e chegou a ser condenado em 2014 por roubo.

Em suas redes sociais, ele divulga mensagens denegrindo democratas e teorias de conspiração sobre George Soros, o bilionário doador do Partido Democrata que foi o primeiro alvo dos pacotes explosivos pelo correio.

Além disso, as autoridades apreenderam uma van branca, cheia de fotos de Trump e com imagens ameaçadoras contra personalidades como a ex-secretária de Estado Hillary Clinton e o cineasta Michael Moore.

Segundo o procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions, o suspeito está sob custódia do FBI e foi acusado de cinco crimes federais. Ele pode pegar até 58 anos de prisão se for considerado culpado.

"Não vamos tolerar tal ilegalidade, especialmente a violência política", destacou Sessions na coletiva de imprensa com autoridades envolvidas na investigação do caso.

Na mesma ocasião, o diretor do FBI, Christopher Wray, disse que o suspeito foi localizado em parte por impressões digitais descobertas em um pacote, e o DNA encontrado em outros dois poderá confirmar seu envolvimento.

Ao ser questionado por jornalistas sobre os motivos dos ataques, Wray disse que ainda é muito cedo para saber as razões que motivaram o envio dos pacotes explosivos.

Pacotes explosivos

Mais um pacote explosivo, aparentemente similar aos enviados a políticos democratas e críticos de Trump, foi encontrado nesta sexta-feira numa agência dos correios em Opa-Locka (Miami-Dade). A bomba estava endereçada ao senador Cory Booker.

Veículos de imprensa locais informaram que se trata da mesma agência de onde partiram os outros pacotes para personalidades democratas e para a sede da rede de televisão CNN. Desde segunda-feira, ao menos 13 pacotes suspeitos foram remetidos a personalidades democratas do país, numa ação que as autoridades qualificaram de terrorismo. Além de Obama, Clinton e Soros, entre os destinatários estavam o ex-vice-presidente Joseph Biden e o ator Robert de Niro.

As autoridades tentam agora determinar se os dispositivos foram desenvolvidos com a intenção de que fossem detonados ou se simplesmente foram enviados para semear o medo, já que nenhum deles chegou a explodir. Os investigadores apuram também se há outros envolvidos na ação.

O FBI confirmou nesta quinta-feira que a legisladora democrata Debbie Wasserman Schultz aparecia como remetente em pacotes enviados a políticos. Schultz representa um distrito da Flórida na Câmara de Representantes e, entre 2011 e 2016, foi a presidente do Comitê Nacional Democrata (DNC), o órgão que administra a legenda.

CN/efe/lusa/ap/rtr

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