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Tremor no México balançou prédio como navio, diz brasileira

Francis França | Priscila Jordão
8 de setembro de 2017

Testemunha diz que tremor durou cerca de um minuto, mas "parecia uma eternidade". Sismo, com epicentro na costa mexicana, no Oceano Pacífico, é sentido com força na Cidade do México.

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Terremoto foi sentido na Cidade do México, onde pessoas correram às ruasFoto: picture-alliance/ZumaPress/A. Salinas

A brasileira Sandra Regina Lima, que mora com o marido e o filho de quatro anos na Cidade do México, estava indo dormir quando ouviu o alerta do terremoto desta quinta-feira (07/09) nas ruas da capital mexicana, repetido várias vezes.

"Foram segundos de muito medo e sentimento de impotência. Os vidros começaram a fazer ruído como se estivessem trincando. Depois veio a pior parte, o prédio balançando, parecia um navio", disse.

O terremoto ocorreu às 23h49 (hora local, 04h49 GMT), 87 quilômetros a sudoeste da cidade de Pijijiapan, no estado de Chiapas, a cerca de mil quilômetros de distância da capital. No entanto, o tremor foi tão forte que fez prédios balançarem violentamente também na Cidade do México.

Lima disse que ficou desorientada, torcendo para o alarme ser falso, e não teve tempo de sair do prédio onde mora no 6° andar, no bairro de Polanco. Muitos dos vizinhos desceram do edifício e ficaram na rua por algum tempo antes de voltarem para suas casas. 

México é atingido por forte terremoto

"Creio que durou cerca de um minuto, mas parecia uma eternidade. Moro aqui há apenas cinco meses, mas pessoas que estão aqui faz mais tempo disseram que nunca haviam sentido algo assim”, afirmou a dona de casa, de 39 anos. O apartamento dela não sofreu danos.

De magnitude entre 8,1 e 8,2, o terremoto foi o mais forte no México em 100 anos e deixou ao menos 32 mortos. Ele foi mais intenso que um grande tremor ainda bem presente na memória dos mexicanos, ocorrido em 1985, quando milhares de pessoas morreram na capital do país.

Mapa do terremoto no México

Pior que furacão

Para Lima, a experiência foi pior que a de outro desastre natural que vivenciou, o furacão Wilma, de categoria 4, que atingiu México, Haiti, Cuba e Flórida em 2005.

"Nada se compara a isso. No caso do furacão, não fiquei nervosa, com a sensação de que o prédio iria cair na minha cabeça. Quando o furacão vem, você tem uma semana para sair de casa e se preparar. Já o terremoto acontece de repente", disse a dona de casa

Apesar do desastre, a brasileira disse se sentir mais segura no México do que no Brasil, de modo geral.

Segundo o presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, 62 réplicas se seguiram ao terremoto. Cerca de 1 milhão de pessoas ficaram inicialmente sem luz, mas o serviço já foi restabelecido para a maioria.

FF/PJ/ap/dpa