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Presidente da Áustria deixa o cargo

8 de julho de 2016

Em discurso de despedida após 12 anos no poder, Heinz Fischer critica partido populista de direita FPÖ, que contestou resultado da eleição presidencial realizada em maio. Nova votação foi marcada para outubro.

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Heinz Fischer
Foto: picture-alliance/dpa/C. Bruna

Depois de 12 anos no poder, o presidente da Áustria, Heinz Fischer, deixou o cargo nesta sexta-feira (08/07) fazendo um alerta sobre os riscos da ascensão da extrema direita no país.

Em seu discurso de despedida, o político do Partido Social-Democrata (SPÖ) criticou a legenda populista de direita Partido da Liberdade (FPÖ), cujo candidato foi derrotado na eleição presidencial de maio.

"Nós, europeus, somos obrigados a formar uma ampla coalizão contra o ódio e a violência", afirmou. Ele também pediu que os austríacos combatam o populismo e a xenofobia. "Nossa política para refugiados deve ser orientada pela racionalidade, assim como pela humanidade", declarou Fischer.

Ainda não é certo quem vai substitui-lo. Na semana passada, o tribunal constitucional da Áustria anulou o resultado das eleição presidencial de maio, que deram vitória ao ambientalista Alexander van der Bellen, que concorreu como candidato independente.

O resultado fora contestado na Justiça pelo FPÖ, que alegara irregularidades na votação. O candidato Norbert Hofer foi derrotado no pleito por Bellen por uma pequena margem, após a contagem dos votos enviados pelo correio.

Extrema direita

A nova votação foi marcada para 2 de outubro. Até a posse do novo mandatário, a presidente e os dois vice-presidentes do Parlamento austríaco (um deles é Hofer), assumem as funções de chefe de Estado.

Hofer, que tem posição contrária à imigração, defendeu uma possível saída da Áustria da União Europeia (UE) na sequência do referendo britânico que resultou no Brexit no final de junho. Se eleito, Hofer será o primeiro presidente de extrema direita do bloco europeu.

"Se a UE se desenvolver da forma errada, em vez de se voltar para os seus valores básicos, se se tornar mais centralizada e se a Turquia entrar, então, para mim, seria a hora de dizer que os austríacos também devem ser questionados", afirmou.

KG/afp/dpa