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Presidente da Volks nos EUA diz que não sabia da fraude

9 de outubro de 2015

Michael Horn presta depoimento a congressistas americanos e assegura que só em setembro tomou conhecimento do software que fraudava emissões nos motores diesel.

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Foto: Getty Images/C. Somodevilla

O presidente da Volkswagen nos Estados Unidos, Michael Horn, desculpou-se nesta quinta-feira (08/10) pelo escândalo de fraude nas taxas de emissões dos seus automóveis a diesel. Ele assegurou que os principais executivos da empresa não tinham conhecimento do software de falsificação, instalado em 11 milhões de carros em todo o mundo.

A um comitê do Congresso dos Estados Unidos, Horn declarou que um pequeno grupo de desenvolvedores de software na Alemanha foi responsável pelo código que permitia aos carros do conglomerado enganar os testes de emissões do governo americano. "Isso não foi uma decisão corporativa, foi algo que indivíduos fizeram."

A declaração deixou membros do comitê incrédulos. O congressista Chris Collins, ele próprio um engenheiro, disse não aceitar a explicação de que a fraude resultou apenas da ação de um grupo de engenheiros. Segundo ele, uma estratégica de fraude dessa magnitude não pode ser levada adiante sem a cumplicidade de superiores em várias partes da empresa.

"Essa resposta é inadequada. É um sinal de arrogância. É um sinal de não admissão da gravidade do problema de vocês", afirmou Collins.

Num determinado momento, o próprio Horn declarou que é difícil de acreditar que ninguém mais soubesse da fraude.

Horn disse ainda só no início de setembro soube que alguns veículos do grupo tinham um dispositivo destinado a contornar as normas antipoluição do país. Sobre possíveis problemas nas taxas de emissão, ele havia sido alertado já em 2014, mas disse não imaginar que eles fossem causados por uma fraude.

O executivo afirmou que a empresa será capaz de reparar os veículos afetados e sublinhou que a Volkswagen está disposta a assumir as consequências dos seus atos. Segundo Horn, os responsáveis pelo ocorrido "serão identificados" e haverá consequências, mas "qualquer informação neste momento é prematura".

A Agência de Proteção do Meio Ambiente dos Estados Unidos acusou, em 18 de setembro, a Volkswagen de falsificar o desempenho dos motores em termos de emissões de gases poluentes através do uso de um software instalado nos veículos a diesel. A montadora reconheceu a fraude e anunciou que mais de 11 milhões de carros a diesel em todo o mundo usam o software.

AS/lusa/ap/dpa